JARDIM FOI NOTÍCIA EM 1889

domingo, 1 de maio de 2011

PONTE SOBRE O RIO PIRANHAS

No livro “Caicó, Cem Anos Atrás”, de autoria de Olavo de Medeiros Filho, acha-se transcrita a notícia abaixo, publicada em 23 de novembro de 1889 pelo antigo jornal “O Povo”:

ASSASSINATO E SURRA

No dia 13 deste, no lugar Timbaubinha, distrito de Jardim de Piranhas, deste termo, o célebre Antônio Brás, criminoso condenado a quarenta e oito anos de prisão, e evadido da cadeia de Pombal, assassinou cínica e cruelmente o infeliz Manuel de Souza Franco, com quem há meses vivia intrigado. Manuel de Souza era herdeiro de Roberto Franco, que, tendo morrido em 1878, deixou um pequeno sítio na Timbaubinha. Fizeram o seu inventário sem audiência de Manuel de Souza. Dividiram o sítio por uns credores, cabendo a casa a um tutelado ou administrado do capitão Florêncio da Fonseca Cavalcanti, 1º suplente do Juiz Municipal do termo (...) onde foi morto, este negou-se a entregar-lha, pelo que o referido cap. Florêncio, em vez de procurar os meios legais, encarregou Antônio Brás de tomar à “força d’arma”. Em junho, tentou o Brás queimar a casa, mas, sendo repelido, pôs-se em fuga, vivendo de então para cá ele e o Franco a emboscarem-se reciprocamente. Ultimamente foi à Timbaubinha, e no dia 11 apareceu em casa do cap. Florêncio. No dia 13, emboscando-se atrás da casa em que mora Manuel de Souza, matou-o traiçoeiramente ao meio-dia, na ocasião em que ele chegava do mato. Deu-lhe dois tiros e quatro facadas, deixando o cadáver no terreiro da casa. É tal o terror que o povo ali tem de Antônio Brás que não havia quem quisesse prestar a dar sepultura ao corpo. De autoridades nem sinal. A proteção é escandalosa. E é preciso notar que Manuel de Souza morava entre tios e primos, que não tiveram a coragem de avisá-lo de que Antônio Brás se achava na localidade. Está pois vencida a questão. Morto Manuel de Souza, ninguém mais se oporá ao Sr. Cap. Florêncio, ficando este fato para exemplo.
Seguindo o teatro do crime, Antônio Brás dera uma formidável surra em uma mulher, no lugar Barra, termo de Brejo do Cruz. Até à data em que escrevemos, ainda não se moveu uma só palha em perseguição do criminoso, que não deixou a povoação, a Timbaubinha, e os lugares circunvizinhos. E temos tropa bastante, mas não se tratando de eleições...”

1 comentários:

neto santana disse...

alcimar essas fotos antigas de jardim sao umas reliquias para nois jardinenes, PARABENS

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