BEBÉ, O GRANDE HERÓI DO JOGO
VIRADA ESPETACULAR!
DATA: 9 de agosto de 1997
CENÁRIO: Estádio Josenildo Cavalcanti, de Jardim de Piranhas/RN
PROTAGONISTAS: CAP e Barra de Cima, de São Bento/PB
O segundo Campeonato Intermunicipal promovido pelo CAP prometia ser bem melhor que o primeiro, realizado em 1994. Isso porque o Independente, há muitos anos sem montar um time, resolveu inscrever-se na competição. Quis o destino que, no torneio-início, ambos se enfrentassem logo na primeira rodada, ressuscitando a velha rixa de sempre. A vitória do CAP no critério “escanteio a favor”, após um movimentadíssimo 0 a 0 nos 20 minutos regulamentares, foi apenas um aperitivo para o que viria depois, quando se iniciasse o campeonato.
O Independente, porém, alegando dificuldades financeiras, retirou-se da competição após ser surpreendentemente derrotado pela Seleção de Brejo do Cruz. Quem, então, impediria o CAP de se sagrar bicampeão? Dois candidatos disputavam essa condição: Barra de Cima e Emboca, equipes que o CAP derrotara, respectivamente, na semifinal e na final da primeira edição do torneio.
O Emboca, maior rival do CAP depois do Independente, desta vez não mostrava a mesma força de 94. O Barra de Cima, ao contrário, reforçou-se bastante a fim de devolver a derrota de 3 a 1 sofrida há três anos.
CAP e Barra, na primeira fase, ficaram no mesmo grupo. No primeiro confronto, no dia 6 de julho, deu CAP por 1 a 0, gol de Clodoaldo. As duas equipes passaram às fases seguintes e, a exemplo do campeonato anterior, novamente iriam enfrentar-se numa das semifinais. Só que, desta vez, o jogo foi muito, muito mais emocionante.
Jogando com Dênis, Bié (depois Castelo), Robervânio, Nen e Júnior Germano (depois De Assis); Veinho, Novo, Manuel e Clodoaldo (depois Tô); Bibi (depois Bebé) e Jectom (depois Cacau), o CAP saiu na frente com Manuel, o Barra empatou e assim terminou o primeiro tempo. No segundo, Bibi marcou para o CAP e, quando todos achavam a fatura liquidada, o Barra empatou novamente, levando o jogo para a prorrogação. Os trinta minutos extras foram um dos momentos mais eletrizantes da História tricolor. O Barra logo saiu na frente e sustentou o placar durante o 1o tempo, fazendo a alegria dos torcedores rivais, que se acharam no direito de tripudiar dos rivais antes mesmo de a partida terminar. Na etapa final, o que se viu foi um CAP mordido, que, na base da raça, empatou com Cacau e virou com Bebé. No final da partida, o mesmo Bebé arrancou do meio-campo, entrou na área e, em vez de cruzar, chutou no ângulo. Um belo gol, que enterrou definitivamente as esperanças do Barra.
Após essa vitória, o CAP foi à final e conquistou o bicampeonato de forma invicta, vencendo todas as partidas que disputou. Inesquecíveis, porém, foram aqueles trinta minutos em que o Clube Atlético Piranhas mostrou que merece ser respeitado por qualquer um, em qualquer lugar.
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