NOME PERDIDO
Zezinho de Lica é um agropecuarista, dono de uma bela e acolhedora fazenda, encravada nas margens do rio Piranhas. Pertencente à família Monteiro, famosa pela veia cômica de seus integrantes, como Parcelo, Monteiro (de saudosa memória) e outros, Zezinho não nega a raça. Todos os que o visitam não saem de lá sem a barriga cheia de rapa de queijo e com várias histórias engraçadas para contar.
Como, desde cedo, teve de aprender a extrair da terra seu sustento, Zezinho não pôde frequentar a escola. Não sabia ler uma única frase. Escrever, apenas o nome, mas com a ajuda providencial de uma cola, produzida por sua esposa, Maria. Precisasse assinar algum documento, Zezinho sacava do bolso o papel com seu nome e, pacientemente, desenhava-o tal como o via.
Certa vez, precisou ir a Caicó. Foi ao banco e lá lhe pediram que assinasse um documento qualquer. Como de praxe, procurou o papel com o nome a fim de poder dar cabo da tarefa. Só que não o encontrou. Revirou todos os bolsos, a carteira, nada. A saída, pensou, era colocar um aviso na emissora de rádio, a fim de que Maria resolvesse o problema. O aviso foi ao ar com o seguinte teor:
“Zezinho da Lica avisa a Maria que perdeu seu nome e que ela deverá mandar um novo para ele, no banco tal, em Caicó, o mais rápido possível!”
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