DIAS MÁGICOS!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

(Meus Oito Anos, de Casimiro de Abreu)

Hoje, nem sei bem por que, bateu-me uma saudade imensa de meus tempos de criança. Que dias felizes aqueles! Como é doce recordar a Jardim dos anos de 1970, de ruas de terra batida, sem água encanada, nem telefone, nem internet ou brinquedos eletrônicos.

Estudava na escola Machado de Assis. Tive o prazer de ser aluno de dona Margarida, dona Carminha, Marcina, Miriam e Erli. Ainda consigo me lembrar do cheiro dos cadernos novos, nos primeiros dias de aula. Recordo-me do esforço que Trovinha fazia na vã tentativa de domar os alunos mais irrequietos, que insistiam em deslizar pelo corredor do prédio utilizando-se do solado liso de seus tênis Alpargatas. Lembro-me também da merenda servida, principalmente da paçoca de amendoim e do chocolate em pó.

Após fazer o dever de casa, saía para brincar no sítio de Chico Nicolau (hoje, ruas Duque de Caxias e Gevacy de Freitas). Banhava-me no açude, caçava lagartixas e passarinhos com baladeira e, quando a fome batia, fartava-me com canapu, juá, umbu e melão-de-são-caetano, encontrados facilmente nas redondezas.

Brincávamos de biloca, manzuá e rouba-bandeira. A meninada das redondezas (Loquinha, Beto de Chico Cherim, Oziel, Peta, Ciço, Ninha, Beto de Zezinho de Trajano e outros) era incansável. Passávamos horas correndo pelas ruas atrás do inalcançável Oziel que, naqueles tempos, já possuía grandes pernas e corria feito um cavalo. Todos o queriam no time do rouba-bandeira. Era vitória na certa!

Passava as semanas santas na casa de meus avós paternos. Aproveitava para banhar-me nas límpidas águas do Piranhas, para ouvir as deliciosas histórias contadas por vovô Neguinho e saborear as guloseimas preparadas por vovó Santina (como eram gostosas as cocadas de rapadura). Nunca me saiu da memória o muro da casa deles invadido pela água, devido a uma grande cheia do rio.

Por morar mais próximo, tinha mais contato com vovó Isaura e vovô Trajano. Brincava nos teares dele e a ajudava no preparo de canjica e pamonha, na época das festas juninas. Vovó contava as mesmas histórias e nos divertia quando trocava os nomes dos netos, que ela adorava.

Meus pais davam-me tudo do que eu precisava: amor, atenção e educação. Nunca apanhei de meu pai, mas, quase que diariamente, minha mãe nos dava uma surra por insistirmos em fazer do colchão de molas um pula-pula. Aprendi com eles o valor da honestidade, do respeito a Deus e aos outros e do estudo. Tê-los por perto era o maior presente que eu desejava ganhar, coisa que nunca me faltou.

O muro de minha casa era um verdadeiro parque de diversões. Era repleto de árvores frutíferas (bananeira, laranjeira, coqueiro, goiabeira). Alcileide e eu vivíamos brincando (e brigando, às vezes). Costumava fazer um cercado ao pé da bananeira, onde eu colocava meus bois, representados por ossos de rabo de boi.

Todos os jardinenses que, igual a mim, já são quarentões devem ter vivido muitas dessas situações acima descritas. Estes hão de concordar que Jardim de Piranhas, 30 anos atrás, era um ótimo lugar para se viver. Pena que são tempos que não voltam mais. Só nos resta recordar e não deixar cair no esquecimento momentos e pessoas tão importantes em nossas vidas.

11 comentários:

Alna Edja disse...

Parabéns Alcimar pelo blog..pelos textos!!
Sempre que leio seus textos de recordações me remeto as minhas lembranças mais queridas!!

Anônimo disse...

Enquanto isso. Nascido em 1963, vivi a década de 70, como um gângster infantil. Jogava murro, praticava pequenos furtos, mentia, pulava da ponte, aterrorizava os concorrentes, protegia os fracos em troca de submissão, admirava os boêmios, olhava o céu noturno, fazia enxerimento com as garotas e tratava minhas professoras como minha mãe, eternas pastoras.

Carmim Ventania

Anônimo disse...

Doido Oto mudou de nome.

Anônimo disse...

Alcimar é chorão.
Oziel é abestoado.
os doidos moram na duque de caxias.
Chico Petronilo não sabe que né de anísio morreu.
Joacase pesa açucar.
valter terminou uma casa.
Daniel roubou o sol.
Marciano e véi bita são primos.
e doido oto não sabe nadar,

Anônimo disse...

Estava exausto. O projeto da desistência era minha pessoa. Me encostei na janela da igreja. nada me fazia ter medo, nada me fazia. monstro, algo que não temia nada. nem a igreja, nem ninguem. mas estava lá, escorado. de repente,não mais do que aquilo. maria caxixto perguntou a deus, se ela não tiha feito nada de errada. deus chamou maria de minha mãenzinha. véi, eu não sou homem de chorar.

Carmim Ventania

Anônimo disse...

todas as serras têm nome. todas ao redor de jardim, repare, papangú. gosto do pico de são joão do sabugi, tem pique.

carmim ventania

ozelita disse...

Concordo com você alninha . Que saudades daqueles tempos que nâo voltam mais , só nos restam lembranças!!!

Anônimo disse...

Dido vende tempo.
O caba de chico branco vende restos da aula de anatomia,
hugo e larissa vendem cacetadas no orgulho.
marciano toma o dinheiro do mané Bela Voz.
e os tristes sempre querem uma máquina do tempo, em todos os tempos.

carmim ventania

Anônimo disse...

acho q carmim ventania é Oto devido a semelhança entre os cabelos dele e o de carminha, o carmim vem de carminha.OBS: Só q os cabelos de carminha são mais bem cuidados.

Anônimo disse...

Carmim é uma cor
carminha é carmem querida
doido oto trata o cabelo dele com mijo de vaca
sua observação, só faz você rinchar
sim, doido oto vai se canditar a prefeito. o vice será rangel, joenes ou fernando de tirina. kiko será o maior doador da campanha, juntamente com gaxelo e neto souza.
o presidente da câmara será pedro bujão
o lider do governo será dedé careca.
roberto careca ficará plantado na porta da prefeitura, juntamento com roberto de branquinha.
mané bela voz será o babão-mor

carmim ventania

Anônimo disse...

Alcimar pelo menos uma coisa boa vai acontecer em Jardim daqui a alguns dias: Vamos nos livra de Edna - vai morar em Caicó, até que em fim, vai tarde.

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