O FATO DE MORAR EM JARDIM É CONDIÇÃO PARA SER UM BOM PREFEITO?

UM SÓ PALÁCIO PARA TANTOS CANDIDATOS A REI

Um tema que já há bastante tempo ocupa os eleitores jardinenses, principalmente em pleitos municipais, é o fato de o prefeito precisar morar em Jardim para ser capaz de fazer uma boa administração. Arrisco-me a afirmar que isso tem pouquíssima relevância. Não pensem que irei aqui defender alguns “prefeitáveis” que, notoriamente, não residem na cidade. Longe disso. Gostaria, apenas, de acrescentar ao debate alguns pontos que, até agora, passaram despercebidos.

Em primeiro lugar, considero improvável governar este município sem dele se afastar. Lembro-se, inclusive, de que muitos louvam o prefeito que constantemente vai a Brasília ou a Natal batalhar por mais recursos. Além disso, também muitas vezes se torna necessário participar de reuniões, congressos, seminários e outros eventos congêneres, os quais, realizados em cidades vizinhas, obrigam o prefeito a se ausentar da Prefeitura.

Percebam, portanto, que, se forem somadas as horas em que o Chefe do Executivo precisa deixar o município em busca de melhorias para este ou, então, para bem representá-lo em eventos para os quais é convidado, chegar-se-á a uma quantidade considerável de dias sem a presença dele na cidade.

Considero mais importante montar uma equipe competente, formada por técnicos, livre de ingerências políticas, e conceder a eles autonomia suficiente para conduzir as secretarias de modo eficiente e continuamente. Caberia ao prefeito, nesse caso, ser apenas um gestor, indicando as diretrizes do Governo e fazendo as devidas correções de rumo.

Com tanta facilidade de se comunicar atualmente, pode-se, perfeitamente, administrar uma cidade do porte de Jardim mesmo residindo em Natal, por exemplo. Afinal, se o fato de banhar-se diariamente com a água do Piranhas fosse garantia de bons governos, este município apresentaria índices de desenvolvimento compatíveis com os dos países nórdicos.