Em 1999, o CAP fazia uma péssima estreia no Campeonato Estadual da 1ª Divisão. Jogasse em casa ou fora, era uma derrota na certa. A torcida adversária fazia a festa, enquanto a tricolor ansiava pela primeira vitória. Erasmo, que é CAP roxo, engrossava a torcida.
Já perto do final do campeonato, e com o jejum de vitórias a cada dia mais insuportável, eis que o CAP recebe o Baraúnas, de Mossoró, em seu estádio. Arquibancadas cheias, torcedores espremidos e o "mé" rolando solto. Erasmo, como sempre, entornava suas cubas-libres como se engolisse água mineral. Resultado: em apenas 5 minutos de jogo, o CAP já perdia por 1 a 0 e Erasmo mal se sustentava em pé, completamente embriagado. Melhor para ele, que foi dormir naquele dia sem saber que o seu amado tricolor perdera por 3 a 1, aumentando ainda mais o sofrimento da torcida.
No dia seguinte, como fazia todas as segundas-feiras, Erasmo acordou cedo e dirigiu-se à vizinha cidade de São Bento, na Paraíba, para a tradicional "Feira da Pedra". Mal abriu os olhos, perguntou à esposa pelo resultado do jogo. "3 a 1 para o CAP", mentiu-lhe a companheira, talvez tentando encorajá-lo a enfrentar a árdua tarefa que tinha pela frente.
Erasmo chegou a São Bento exultante de alegria. Na mente dele, finalmente chegara a hora de revidar as gozações dos companheiros de feira, os quais se deliciavam com as derrotas tricolores. Tão logo chegou ao local, foi logo bradando:
— Cadê vocês, seus caras de t...!? Não eram vocês que diziam que o CAP não ganharia um jogo no Estadual?
Todos, é claro, ficaram surpresos. Alguns, inclusive, levantaram a hipótese de Erasmo ainda estar embriagado. Quando este afinal soube o resultado real do jogo, a vontade que teve foi de voltar imediatamente para casa a fim de esganar a esposa.
0 comentários:
Postar um comentário