A digníssima família Monteiro de Jardim de Piranhas é conhecida pela capacidade humorística de seus integrantes. Inúmeras são as histórias hilariantes vividas por Zezinho, Parcelo, Quincas, dentre outros.
Conta-se que a partir da inauguração da ponte sobre o rio Piranhas, ocorrida nos anos de 1950, virou opção de lazer pular da construção quando o rio estivesse cheio, de barreira a barreira. Quincas, um Monteiro da gema, apreciava por demais a brincadeira.
Em um dos raros invernos nordestinos, o Piranhas estava convidativo. No finalzinho da tarde, quando a noite se aproximava, pular da ponte era programa obrigatório para quem tinha coragem de enfrentar o desafio. Com Quincas não era diferente. Bastava largar o trabalho, punha o calção e corria para se juntar aos demais.
Mas, naquele ano, a diversão não teve refresco. Mandaram para Jardim um delegado linha-dura, cuja primeira ordem foi proibir tomar banho no rio sem estar "devidamente trajado". Quincas, desconhecendo a nova lei, vestiu seu costumeiro calção e se dirigiu à ponte. No meio do caminho, um policial o parou e disse ser proibido tomar banho trajado daquele jeito.
Quincas, revoltado com a determinação, não se fez de rogado: no outro dia, na mesma hora, fez o mesmo percurso em direção à ponte. Só que, desta vez, trajava um elegante paletó. Resultado: acabou preso por desacato à autoridade.
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