Quem só conhece a cidade em seu estágio atual ficaria surpreso se, num passe de mágica, fosse transportado à Jardim de Piranhas da década de 1970. Foi nessa época que vivi os melhores dias de minha infância. As ruas de terra serviam de palco para as brincadeiras do manzuá, do rouba-bandeira, do jogo de biloca. Os terrenos vazios viravam minicampos de futebol (até a Prefeitura era usada como tal, para aflição do Prefeito da época). O açude do saudoso Chico Nicolau convidava para um delicioso banho, mesmo sabendo da surra que se levaria da mãe se aparecesse molhado em casa. E ainda havia o canapum, o juá, o melão Caetano e o umbu, frutos silvestres de aromas e sabores que jamais esquecerei. Para que videogame, se passávamos as manhãs brincando nas águas cristalinas do Piranhas? Para que internet, se toda a informação de que precisávamos nos era repassada por nossos adorados avós? (quantas histórias deliciosas vovó Isaura e vovô Neguinho me contavam). E, podem acreditar, para que televisão, se havia o rádio para ouvirmos os jogos de futebol, permitindo que a imaginação tornasse qualquer perna-de-pau um verdadeiro Pelé. Bons tempos aqueles em que craque significava, apenas, um jogador diferenciado.
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3 comentários:
olá alcimar leio sempre seu blog gosto das dicas de português,e se você precisar tenho algumas fotos de casas antigas. kaline
Muito obrigado, Kaline. Tenho grande interesse por fotos antigas, sim. Não apenas para este blog, mas, principalmente, para o livro sobre a História de Jardim, que Erivan, José Macário e eu pretendemos atualizar.
Boa tarde Alcimar, eu não sou tão velho, mas sou deste tempo das brincadeiras que você ora fala nesta postagem.
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