Os verbos, normalmente, concordam em número e pessoa com o sujeito da oração. Essa regra nem sempre se aplica ao verbo SER. Em alguns casos, a concordância deverá ser feita com o predicado, e não com o sujeito. Exemplos: Nós somos jardinenses (concordância normal: a forma somos está concordando com o sujeito nós, ou seja, ambos estão na 1ª pessoa do plural); Meu orgulho são meus filhos (concordância diferente: a forma são não está concordando com o sujeito meu orgulho, e sim com o predicado meus filhos). Essa regra não foi observada pela banda Aviões do Forró (argh!!) no seguinte trecho da música “Da Água pro Vinho”:
(...)
Você pensou que o mundo era só flores
Que eu fosse só mais um dos seus amores
Mas quebrou a cara, tá arrependida
Agora da água pro vinho você quer voltar.
(...)
A frase acima, segundo a regra acima explicada, deveria estar grafada assim: O mundo eram só flores. Isso sempre deve ocorrer quando o verbo SER estiver entre um sujeito no singular (que não seja uma pessoa) e um predicado no plural. Nesse caso, a concordância deverá ser feita com o predicado, e não com o sujeito. Consegui ser claro?
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