NOTÍCIAS DO JUDICIÁRIO

quinta-feira, 20 de outubro de 2011


ABRAHAM LINCOLN E OS CONCURSOS PÚBLICOS NO BRASIL
Vitor Vilela Guglinski

Algumas organizadoras de concursos têm conseguido desenvolver um método de torná-lo opaco. A mídia especializada tem ventilado uma série de falhas perpetradas pelas organizadoras de certames, que vão desde denúncias de fraudes em concursos até a aplicação de provas invencíveis.
Certa vez, Abraham Lincoln disse: "Se eu tivesse oito horas pra derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado."

No mundo dos concursos públicos, não seria exagero afirmar que a frase do ex-presidente norte-americano pode ser tomada como a fórmula do sucesso do concurseiro. Analogicamente, pode-se afirmar que as seis horas a que Lincoln se referiu para "afiar o machado" correspondem às árduas horas de estudos para que o candidato adquira os conhecimentos necessários a vencer as difíceis provas, treine exercícios, se concentre, enfim, se esmere ao máximo para atingir o objetivo traçado, sendo que as duas horas restantes referem-se aos exames efetivamente prestados, isto é, à "derrubada da árvore".

Em que pese o brilhantismo secular de Abraham Lincoln, é possível perceber que algumas organizadoras de concursos tem conseguido desenvolver um método de torná-lo opaco, uma vez que, recentemente, a mídia especializada tem ventilado uma série de falhas perpetradas pelas organizadoras de certames, que vão desde denúncias de fraudes em concursos até a aplicação de provas invencíveis.

Afinal de contas, o que está acontecendo? Será verdadeiramente despreparo dos candidatos ou reais falhas e empáfia das bancas examinadoras?

É fato que muitos candidatos a cargos e empregos públicos participam de concursos sem que tenham efetivamente se preparado para tanto; são os popularmente conhecidos como "paraquedistas". Por outro lado, não se pode perder de vista que candidatos extremamente dedicados, inteligentes e preparados vem sendo estranhamente tolhidos de concursos promovidos nos diversos níveis do funcionalismo público brasileiro.

Creio que ambos os fatos se somam. Porém, há que se ponderar no sentido de que as bancas examinadoras vem contribuindo muito mais para o agravamento desse quadro, segundo se depreende dos fatos recentemente ocorridos, e que passamos a elencar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu caro Alcimar.
Que fim levou o concurso de nossa cidade.........promotor conseguiu o que queria e depois nada mais fez.....continuo dizendo os únicos punidos foram os que passaram por méritos.

. disse...

Obrigado pelo comentário, caro(a) anônimo(a). O concurso foi anulado pela Administração Municipal. O inquérito civil, instaurado pelo Ministério Público visando apurar as responsabilidades, ainda está em andamento. Há uns dias atrás, postei uma matéria a respeito da devolução do valor das inscrições. Nas próximas semanas, se não houver nenhum imprevisto, postarei uma matéria sobre o mencionado inquérito.

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