O correto uso da vírgula, devo reconhecer, é um dos mais difíceis da Língua Portuguesa. Isso porque a exata compreensão das regras que determinam quando se deve ou não empregar o sinal exige grandes conhecimentos de Morfologia e Sintaxe. É preciso saber, por exemplo, identificar corretamente substantivos, adjetivos, verbos, advérbios... Necessário, ainda, ser um craque em análise sintática, ou seja, diferenciar sujeito de predicado, objeto indireto de adjunto adverbial, orações subordinadas de orações coordenadas, e por aí vai.
Veja, abaixo, alguns equívocos cometidos no emprego da vírgula:
A expressão “em Caicó”, por ser um adjunto adverbial e estar no início da frase, deve ser separada do restante da oração por uma vírgula.
A expressão “para 14 anos” é um aposto explicativo e, por esse motivo, deve estar separada do restante da oração. Deveria haver, pois, uma outra vírgula depois do verbo “reduzir”.
O termo “vetado”, na verdade, representa uma oração adjetiva explicativa e, por esse motivo, deve ser separado do restante da oração por vírgulas (deveria haver uma depois de “Pio”). Perceba que, “esticando” a oração, chegar-se-ia à seguinte redação: “Pio, que foi vetado, também desfalca o ABC”.
Esta é a regra mais fácil de todas: não se separa o sujeito do predicado. No título acima, a expressão “Parecer do PGU” é o sujeito da oração e o restante desta, o predicado. Não há necessidade de se usar vírgula na frase.
Nesse título, verifica-se o mesmo equívoco acima cometido. A expressão “Curso de Odontologia da UERN/Caicó” é o sujeito da oração, o qual não pode ser separado do predicado “é reconhecido pelo Conselho...”. Neste caso, também não é preciso usar vírgula.
Novamente aparece uma vírgula para separar o sujeito (“Saneamento básico de Caicó”) de seu predicado (“será debatido em audiência pública”). Nada de vírgula no título acima.
1 comentários:
São tantas regras, que chega a ser mais razoável pedir uma revisão de texto aos mestres nas letras.
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