DEU NA REVISTA VEJA

sábado, 30 de julho de 2011


A edição nº 2.227 da revista Veja publicou uma matéria sobre um pedreiro que descobriu, repentinamente, ser dono de 8 milhões de reais. Intitulada “Pobres Homens Ricos”, escrita por Rodrigo Rangel, Paulo Celso Pereira e Hugo Marques, a reportagem denuncia que “os laranjas são personagens comuns da cultura política brasileira. Normalmente são pessoas pobres que emprestam seu nome – sem saber ou sabendo em troca de algum dinheiro – para ocultar a identidade dos verdadeiros donos de fortunas construídas de maneira ilegal”. Leia, abaixo, como alguns políticos brasileiros se utilizaram dessa artimanha:

JADER BARBALHO – Para esconder a posse de um canal de televisão nunca declarado à Receita Federal, o senador eleito Jader Barbalho registrou a concessão em nome do empresário Joaquim da Costa Pereira. Ele morreu no ano passado. Seus filhos não querem devolver a TV.

JOAQUIM RORIZ – O ex-senador é um daqueles casos de políticos que foram multiplicando seu patrimônio a cada mandato. Para não chamar a atenção, ele abriu uma conta bancária que movimentou milhões em nome do capataz de sua fazenda, Geraldo Alves Barbosa.

JOÃO CARLOS ZOGHBI – O escândalo dos atos secretos do Congresso revelou alguns personagens novos no mundo da corrupção, mas nem por isso inovadores. O ex-diretor do Senado pôs a empregada doméstica Maria Izabel Gomes para receber 2 milhões de reais por uma “consultoria”.

RENAN CALHEIROS – O senador tinha um Fusca velho antes de entrar para a política. Com o tempo, virou um pecuarista bem-sucedido e um empresário emergente do ramo das comunicações. Parte desse patrimônio foi posta em nome de seu primo Tito Uchôa.

ROMERO JUCÁ – O senador é um velho conhecido do ramo hortifrutigranjeiro. No fim da década passada, ele se apropriou de uma empresa pública de comunicação. Para não levantar suspeitas, pôs tudo em nome do professor Pedro Panilha.

GIM ARGELLO – No fim do ano passado, foi descoberto um esquema de desvio de recursos do orçamento da União. O senador Gim Argello enviava dinheiro para entidades que existiam apenas no papel. Um dos “beneficiados” era o jardineiro Moisés da Silva Morais.

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