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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


TODA DITADURA É RIDÍCULA.

Na obra-prima O Grande Ditador, feita antes da entrada dos EUA na Segunda Grande Guerra, Charles Chaplin zomba de figuras como Hitler e Mussolini, demonstrando que todo ditador, mesmo o mais violento e cruel, antes de mais nada é patético e ridículo.

Vejam o caso da Coréia do Norte, por exemplo. A histórica notícia da Agência Reuters transcrita abaixo, publicada no site UOL, mostra que a mistificação das ditaduras não tem limites: Uma família de ursos interrompeu a hibernação para "chorar penosamente" pela morte do ditador!!! Só faltou a entrevista dos jornalistas do regime com os bichos...

Conferi o site do PC do B e até o momento o partido ainda não replicou essa relevante notícia. Não será esquecida, contudo, a histórica Nota Oficial que manifestou "sentidas condolências" pelo falecimento do "estimado camarada" Kim Jong Il. Segundo o partido brasileiro, o ditador foi um "patriota e internacionalista", que "promoveu as causas da reunificação coreana, da paz e da amizade e da solidariedade entre os povos".

É isso. Algumas pessoas só não acreditam em Papai Noel pois se recusam a conceder crédito a um símbolo capitalista vestido com as cores da Coca-Cola. Preferem acreditar em ditadores vestidos de verde oliva e ursos que saem da hibernação para chorar por eles, entendem?

Corvos e ursos choram morte de líder norte-coreano, diz agência

SEUL, 9 Jan (Reuters) - A morte do dirigente norte-coreano Kim Jong-il foi marcada por uma onda de frio e por ursos enlutados, e agora, segundo a imprensa oficial da Coreia do Norte, por revoadas de corvos.

Kim, que morreu em dezembro, aos 69 anos, após 17 anos à frente do mais fechado regime do mundo, tinha a fama de controlar o tempo, segundo a imprensa oficial, além de ter feito uma jogada miraculosa num jogo de golfe.

"Por volta de 17h30 de 19 de dezembro de 2011, centenas de corvos apareceram do nada e pairaram sobre uma estátua do presidente Kim Il-sung no campus da Escola Changdkok, no distrito de Mangyongdae, grasnando como se estivessem lhe contando a má notícia", disse a agência estatal de notícias KCNA nesta segunda-feira.

Kim morreu no dia 17, ao sofrer um infarto a bordo de um trem, mas sua morte só foi anunciada no dia 19. Ele foi sucedido por seu filho caçula, Kim Jong-un, que se tornará o terceiro líder de um regime que já foi chefiado por seu avô, Kim Il-sung. A construção de mitos é parte importante do culto à personalidade que cerca a família.

Na semana passada, a KCNA noticiou que uma família de ursos, que nesta época deveria estar hibernando, foi vista lamentando a morte de Kim Jong-il.

"Os ursos, supostamente uma mãe e sua cria, estavam na estrada, chorando penosamente", disse a reportagem.

No caso de Kim Jong-un, guindado ao poder antes de completar 30 anos, a construção do mito já começou. Ele é retratado como sósia do seu avô, e foi apelidado de "gênio dos gênios" em questões militares, apesar da sua inexperiência nesse campo.

(Reportagem de David Chance)

NOTÍCIAS DO JUDICIÁRIO


MOTORISTA DE ÔNIBUS É DEMITIDO POR JUSTA CAUSA POR DESRESPEITO AO CÓDIGO DE TRÂNSITO
  
Dirigir sem o uso obrigatório de cinto de segurança e falar ao telefone celular são atitudes que autorizam a demissão por justa causa de motorista de ônibus. Com esse entendimento, a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho proferiu decisão favorável aos empregadores - Gidion S.A. Transporte e Turismo e Outros-, que foram, assim, liberados de pagar a um motorista demitido as verbas rescisórias: aviso prévio, férias proporcionais acrescidas de um terço, décimo terceiro salário proporcional e indenização compensatória de 40% do FGTS. O relator do recurso de revista, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, destacou que o motorista de ônibus, com seu procedimento, cometeu infrações de natureza grave e média previstas na Lei 9.503/97, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e aumentou os riscos de causar danos irreparáveis a si próprio, aos passageiros que conduzia e aos demais motoristas e pedestres com quem dividia as vias públicas.

Flagrante

O motorista foi demitido por improbidade após ter sido flagrado por câmeras de vídeo instaladas no interior do ônibus falando ao celular enquanto dirigia, sem usar cinto de segurança. Também se constatou que ele encobria uma das câmeras e repassava passagens ao cobrador sem inutilizá-las.

O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), ao examinar o caso, manteve a sentença que declarou a inexistência da justa causa. De acordo com o TRT, a falta do uso de cinto de segurança e a utilização de aparelho celular ao conduzir veículo não caracterizam improbidade tipificada no artigo 482, alínea a, da CLT , e essas condutas só foram mencionadas na defesa da ação trabalhista, e não no momento da demissão. Por esses motivos, foram desconsideradas. Ainda segundo o Regional, não houve comprovação de prejuízo aos empregadores pelo fato de o motorista repassar passagens ao cobrador sem invalidá-las.

TST

Na avaliação do ministro Vieira de Mello Filho, os fatos narrados na decisão regional principalmente a ausência do cinto de segurança e o uso de celular - são suficientes para que se proceda ao correto enquadramento jurídico da questão. Além disso, os empregadores mencionaram, na fase de contestação, que essas atitudes eram caracterizadas como mau procedimento e indisciplina, tipificados respectivamente nas alíneas b e h do artigo 482 da CLT.

Ao relembrar estatísticas que mostram o crescimento do número de mortes em acidentes de trânsito de 2009 para 2010, o ministro Vieira de Mello ressaltou que a desobediência às regras de trânsito deve ser severamente punida. Ainda mais, conforme enfatizou, por se tratar de motorista de transporte público, portador de concessão pública para a condução de veículo coletivo, cujo dever principal é obedecer às regras estabelecidas pelo Estado. A decisão foi unânime.

TEXTOS JURÍDICOS


CONCURSO PÚBLICO: FRACASSO, VONTADE E RESISTÊNCIA
Atahualpa Fernandez (¹)
Marly Fernandez (²)

(...)

Tomemos, por exemplo, o caso de um indivíduo que experimenta a desagradável sensação de "não aprovar" em um concurso público e que logo permanece desanimado, sem forças, temeroso e algo desestimulado para enfrentar-se a novos concursos. Pode ser completamente consciente de sua suscetibilidade, permanecer desestimulado durante muito tempo e, sentindo-se insultado pela fortuna, deixar que seu estado de ânimo decaia cada vez mais, seus objetivos se dispersem e sua capacidade de desembaraçar-se da desesperança e dos sentimentos negativos simplesmente fique em suspenso ou desapareça.

O que ocorre com os momentos de frustração? Com esses momentos intermédios em que necessitamos continuar estudando, apesar de não termos conseguido a aprovação em um concurso anterior. Parece que nunca estamos preparados para que existam esses intermédios, essas angustiantes pausas. Dá a impressão de que se todo o nosso esforço não serviu para nada, então continuar a estudar talvez não mereça a pena. São momentos que se fazem tremendamente "eternos", vazios e algumas vezes difíceis de suportar, momentos nebulosos e rotinários nos que travamos uma luta implacável e desmedida para recuperar e manter viva nossa força de vontade, nosso ânimo e nossa determinação, principalmente no que se refere ao bom fluxo de nossos estudos.

Essas experiências, esses momentos intermédios, não são alheios a muitas pessoas. Tão pouco negamos a evidência da dificuldade que representa manter a firmeza quando se trata de suportar a pé firme os infortúnios que já não tem remédio, que a conduta humana é muito complexa e que com frequência há mais de uma razão para qualquer comportamento dado. Mas a dor emocional que não nos beneficia é sofrimento inútil. E não sendo a mente humana unicamente fáustica em sua eterna insatisfação, senão quase vitoriana em sua salaz fascinação pelo lado negativo da vida, a maioria de nossas frustrações são exageradas e, quanto mais as experimentamos, mais miserável tornamos nossa própria existência (M. Csikszentmihalyi). Afinal, segundo avançamos pela vida, nosso cérebro adquire novas expectativas e esperanças a partir de nossas experiências (sobretudo a partir das negativas), expectativas e esperanças que modelam nosso caráter, pois o melhor do que somos está precisamente no que esperamos chegar a ser.

Então, por que nos entregamos à falta de motivação, ao desânimo e ao stress com desesperança provocados pela frustração gerada por um eventual fracasso? Por que, ao invés de aprender a controlar e confiar no valor de nossas experiências subjetivas, de nossa vontade consciente, nos empenhamos a prestar demasiada atenção e dedicar tanto tempo aos nossos fracassos? Por que se a crença que temos de nós mesmos guia nossos atos, serve para dar significado a nossas experiências e determina o sentido e direção que damos a nossa vida (passado, presente e futuro), nos resistimos a mudar este tipo de mentalidade fatalista tão frequente nesses momentos intermédios de verdadeira tormenta emocional?

(¹) Advogado, procurador do Trabalho (aposentado), pós-doutor em Teoria Social, Ética e Economia pela Universidade Pompeu Fabra (Espanha), doutor em Filosofia Jurídica, Moral e Política pela Universidade de Barcelona (Espanha), mestre em Ciências Jurídico-Civilísticas pela Universidade de Coimbra (Portugal), bolsista (research scholar) do Center for Evolutionary Psychology da Universidade da Califórnia (EUA), bolsista (research scholar) da Faculdade de Direito da CAU- Christian-Albrechts-Universität zu Kiel (Alemanha), bolsista (research scholar) em Antropologia e Evolução Humana do Laboratório de Sistemática Humana da Universidade das Ilhas Baleares (Espanha), especialista em Direito Público pela UFPA, professor Titular da Unama/PA e Cesupa/PA, professor colaborador honorífico da Universidade das Ilhas Baleares (Espanha).
(²) Mestra em Direito pela Universidade de Barcelona (Espanha), doutoranda em Filosofia pela Universidade das Ilhas Baleares, bolsista (research scholar) em Antropologia e Evolução Humana do Laboratório de Sistemática Humana da Universidade das Ilhas Baleares (Espanha).

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O DESAFIO CONTINUA

Ninguém se arrisca a apontar o(s) equívoco(s) cometido(s) no título abaixo?

PERSONAGENS DE UM SAUDOSO JARDIM

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A VELHA INEFICIÊNCIA ESTATAL

A ineficiência da maior parte dos serviços públicos no Brasil é assombrosa. Os órgãos do Poder Judiciário, é claro, não escapam do mesmo diagnóstico.

Lembram dos transtornos nos aeroportos do país? Comentei no blog que os Juizados Especiais instalados nos aeroportos configuravam uma estrutura cara e de pouca utilidade, principalmente considerando a relação custo/benefício. São parcos atendimentos, destinados a uma parcela muito restrita da população.

Para se ter uma idéia, na reabertura do Juizado Especial Cível do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, em 2010, foram apenas 18 atendimentos no final de semana, sendo seis deles meros pedidos de informação!!! Enquanto isso uma gigantesca quantidade de processos é diariamente distribuída aos demais Juizados Especiais da cidade, que estão abarrotados. São meses para juntar uma petição aos autos, anos para decidir, e por aí vai.

Em 30/07/2010 mencionei o seguinte: "O retorno do Juizado Especial ao Aeroporto Internacional Tom Jobim é uma falsa solução, que infelizmente serve apenas como "vitrine" do Judiciário para a classe média. O dinheiro deveria ser destinado aos combalidos Juizados Especiais da cidade, alguns deles em situação caótica".

Agora vejam a reportagem sobre os problemas causados pelo atraso de 12 horas em um vôo da TAM. Cerca de 300 pessoas sem alimentação e hospedagem. Como se não bastasse a falta de um posto da Agência Nacional de Aviação Civil no aeroporto, "ao procurar o guichê do Tribunal de Justiça", um passageiro "não conseguiu dar entrada em uma ação contra a empresa aérea porque o sistema não estava disponível".

A vitrine quebrou.

NOTÍCIAS DO JUDICIÁRIO


ACIDENTE CAUSADO POR PLACA DE PARE ENCOBERTA É RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO

A 11ª Câmara Cível do TJ manteve a sentença de 1º Grau que condenou o Município de Novo Hamburgo a indenizar parcialmente os prejuízos que um proprietário de motocicleta teve ao bater em um automóvel em um cruzamento da cidade, depois de não visualizar a placa de pare, encoberta por vegetação.

O Município pagará a metade do prejuízo, pois a Justiça considerou que o autor da ação também contribuiu para o acidente ao avançar sobre o cruzamento de forma imprudente. Em razão do acidente, o motociclista, autor da ação, gastou R$ 250,00 para a compra de um colete para imobilizar a coluna temporariamente e o valor de R$ 2.823,81, correspondente ao menor orçamento para o conserto de sua motocicleta. Metade desses valores será pago pelo Município de Novo Hamburgo.

Os fatos se deram em julho de 2009, quando as moto abalroou um automóvel no cruzamento da rua Oscar Odacílio Brenner com a rua Albino Momberger. O motociclista defendeu que foi induzido em erro pela municipalidade, pois não percebeu que trafegava pela via secundária.

Condenado, o Município recorreu da decisão ao TJRS.

Apelação

Observou o relator no colegiado, Desembargador Bayard Ney de Freitas Barcellos, que, conforme o boletim de ocorrência, a placa estava em péssimas condições de visibilidade, e encoberta por galhos de uma árvore. A afirmação está comprovada pelas fotos juntadas aos autos, que mostram a placa completamente encoberta.

Considerou ainda o magistrado que o Município não demonstrou que houvesse sinalização horizontal no local dos fatos.

Acompanharam o voto do relator os Desembargadores Antônio Maria Rodrigues de Freitas Iserhard e Katia Elenise Oliveira da Silva.

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

PERSONAGENS DE UM SAUDOSO JARDIM

ARMANDO E SUA RURAL

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PALAVRA CERTA NO LUGAR CERTO

Propriedade vocabular pega bem como cumprimentar estranhos no elevador, usar o cinto de segurança, dar passagem no trânsito. É bom, pois, distinguir fronteira, divisa, limite. As três palavras têm um denominador comum — separam. A diferença está no objeto. Fronteira separa países; divisa, estados; limite; cidades: A fronteira EUA-México é uma das mais violentas do mundo. O Brasil vai reforçar o policiamento nas fronteiras. A polícia atravessou a divisa Rio-Minas. É difícil fixar o limite entre Búzios e Cabo Frio.

TEXTOS JURÍDICOS


EMBRIAGUEZ + DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR + RESULTADO MORTE = HOMÍCIDIO DOLOSO OU CULPOSO?
Márcio Alberto Gomes Silva (¹)

Acidentes automobilísticos que envolvem motoristas embriagados e que resultam em morte têm recebido grande atenção da mídia e causado grande comoção na sociedade.

A explosiva mistura de álcool e direção (quase sempre em altíssima velocidade) tem aumentado diuturnamente a quantidade de vítimas fatais e dilacerado sonhos e histórias de vida que são abruptamente interrompidas em violentas colisões e atropelamentos.

Para o operador do direito que labuta na seara criminal, a situação acima retratada traz insistente dúvida: como tipificar o ato praticado por aquele que, embriagado, toma a direção de veículo automotor, excede o limite de velocidade e as leis de trânsito e finda por tirar a vida de outrem? Trata-se de homicídio doloso (com incidência do dolo eventual) ou culposo (figurando a chamada culpa consciente)? No primeiro caso, aplica-se o artigo 121, do Código Penal. Na segunda hipótese, o crime praticado é o do artigo 302, do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).

Em primeiro lugar, urge definir dolo eventual e culpa consciente.

O primeiro é definido pelo Código Penal. A parte final do artigo 18, I, do referido diploma legal diz que o crime é doloso quando o agente assume o risco de produzir o resultado (assim também o é quando o agente quer o resultado – dolo direto, definido na primeira parte do mesmo dispositivo). Em exemplo aligeirado, é quando o agente prevê que com sua ação poderá advir resultado típico (definido como crime), mas continua a agir (dê no que dê, aconteça o que acontecer, vou continuar agindo). É a aceitação do resultado crime (ou pelo menos conformação com sua ocorrência, se vier a acontecer).

A segunda não tem definição legal. Genericamente, diz-se culposo o crime quando o "agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia" (artigo 18, II, do Código Penal). A culpa consciente se dá quando o agente até prevê que sua ação poderá redundar na ocorrência do resultado, mas imagina profanamente que este não ocorrerá (dirige em velocidade bastante superior à permitida, prevê que com isso poderá atropelar e matar alguém, mas imagina que tal resultado não ocorrerá). Não há aqui a aceitação do resultado crime pelo agente.

Observados os dois conceitos (ainda que não estudados em sua completude e de forma profunda), percebe-se que dificilmente se observará na prática a ocorrência da primeira hipótese, partindo da premissa de que em ambos os casos deve-se investigar a fundo o que ia na cabeça do agente quando ele decidiu entrar no seu veículo depois da ingestão exagerada de álcool. Será que ele pensou: estou embriagado, posso vir a atropelar e matar alguém e assumo a ocorrência deste resultado se ele vier a acontecer (aconteça o que acontecer, mate ou não alguém, vou dirigir embriagado - dolo eventual). Ou imaginou: estou bêbado, posso vir a atropelar e ceifar a vida de outrem, mas confio cegamente que com minha perícia automobilística esse resultado não virá a acontecer (previsão e não aceitação do resultado – culpa consciente).

Ao que penso, no mais das vezes, o que acontece na prática é a segunda situação. É difícil imaginar que passe pela cabeça de um indivíduo normal a previsão e aceitação do resultado morte de uma pessoa que ela sequer conheça.

(¹) Delegado de Polícia Federal e Professor da FACAPE - Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

BELAS CANÇÕES


O Que É, O Que É?
Gonzaguinha

Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...
E a vida!

E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...
E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...

Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...

Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

HÁ ALGUM EQUÍVOCO NESTA POSTAGEM?

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Recebi um email de meu amigo Nelson e achei importante compartilhá-lo com vocês:

CRÍTICA

É frequente ouvirmos que muitas pessoas corretas são vítimas de infortúnios. Por exemplo, uma pessoa corretíssima é vítima de acidentes de trânsito, ou de grave doença, e a vida se torna extremamente difícil para ela.

Realmente, neste mundo há muitas pessoas honestas que se tornam infelizes e muitos desonestos e "espertos" ganhando dinheiro. Mas é interessante observar que os desonestos não são felizes. Eles tem dinheiro e comem bem, mas essas condições não garantem a felicidade deles. Para alguém se sentir realmente feliz, não pode prejudicar os outros, roubando ou enganando. Quem age assim, ouve um sussurro lá no fundo do coração, dizendo: "Ei, você está agindo errado", e  sente a consciência pesada. Não consegue ser plenamente feliz. Nem se embebedando e anestesiando os sentimentos esse indivíduo é feliz, porque a qualquer hora retorna o sussurro, mortificando sua consciência. E, continuando nesse estado mental, ele acaba provocando muitos distúrbios na família e no trabalho, provando que não é nada feliz mesmo.

Há outros fatores que também causam infelicidade a pessoas corretas e honestas, como, por exemplo, o temperamento melancólico e sempre preocupado, ou o hábito de criticar os defeitos alheios . É claro que a honestidade e a conduta correta jamais causam infelicidade. Porém, não basta ser honesto e correto. Mais do que isso, é preciso ser amoroso e generoso. Dificilmente haverá harmonia em torno de uma pessoa que critica tudo que não seja do seu agrado.

O mundo foi criado para que as mais diferentes pessoas convivam harmoniosamente, umas auxiliando as outras, mesmo que tenham traços fisionômicos, línguas e culturas diferentes.

Apesar disso, existem pessoas de mentalidade muito estreita que não aceitam nos outros qualquer divergência de opinião, ou de preferênciais pessoais. Elas costumam julgar e criticar seus semelhantes. E, entre elas, pode perfeitamente haver pessoas honestas e corretas. Esse modo de proceder é contra a vontade de Deus e, por isso, acaba atraindo infortúnios e infelicidade.

Quando uma pessoa correta se torna infeliz, a causa não está na sua honestidade, e sim na mentalidade crítica e estreita.

(Seicho Taniguchi)

DEVOTOS REVOLTADOS

Em meu acesso diário ao blog de Jarles Cavalcanti, li os comentários postados na matéria sobre o resultado da enquete que elegeu o jardinense mais ilustre de nossa história. Confesso que não esperava tamanha revolta dos devotos do Padre João Maria. Por esse motivo, acho oportuno republicar uma matéria que escrevi tratando da validade de enquetes e sondagens realizadas por meio da internet. Leiam (ou releiam) e tirem suas próprias conclusões:

Quase todos os blogs, inclusive este, cultiva o hábito de realizar enquetes sobre os mais variados assuntos. Confesso a vocês, fiéis leitores, que se trata de uma artimanha que utilizamos para aumentar o número de acessos e, assim, inflar nosso ego. Arrisco a dizer não existir um blogueiro que não goste de ver o contador de visitas a todo vapor. Prova disso são as postagens em que comemoramos as marcas alcançadas.

Perdoem-me pelas brincadeiras. O assunto merece um tratamento mais sério. As enquetes, obviamente, não servem apenas para fisgá-los. Quase todas que vejo nos blogs locais são sérias e oportunas. Participo de todas elas. Considero-as uma importante ferramenta, capaz de sondar o que se passa na mente dos leitores.

Há apenas um reparo a fazer: enquete feita pela internet não representa pesquisa séria. Sabe-se que esta, a fim de se chegar a dados concretos e confiáveis, deve observar fielmente alguns requisitos básicos. O Ibope, por exemplo, ao realizar pesquisas eleitorais, “(...) utiliza amostragens rigorosamente representativas da população em estudo. Tais amostras são selecionadas de acordo com critérios estatísticos baseados em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (¹).

Perceba-se que as enquetes não são capazes de obedecer a esses requisitos, posto ser impossível selecionar os que delam participam conforme o sexo, a escolaridade, o nível educacional, o poder econômico etc. Além disso, é sabido que todos os blogs possuem características próprias que acabam atraindo a simpatia de grupos de leitores, seja pelas matérias que costumam publicar, seja pelo envolvimento político com A ou B, seja por isso ou aquilo.

Não caiamos na armadilha de sair propagando aos quatro ventos que a maioria dos jardinenses gosta de peixe frito apenas porque uma enquete do Blog de Alcimar assim o revelou. Reafirmo: os resultados de minhas enquetes mostram o que meus parcos e fiéis leitores pensam. E só! Não interpretemos tais resultados como se o elo perdido houvesse sido finalmente encontrado. Afinal, se os grandes institutos de pesquisa do país costumam cometer erros absurdos, imagine-se a desconfiança que recai sobre nós, pobres e mortais blogueiros.

EM CARTAZ NO CINE JARDIM

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

DECA EM 1944

BELAS CANÇÕES


Tente Outra Vez
Raul Seixas

Veja!
Não diga que a canção
Está perdida
Tenha fé em Deus
Tenha fé na vida
Tente outra vez!...

Beba!
Pois a água viva
Ainda tá na fonte
Você tem dois pés
Para cruzar a ponte
Nada acabou!
Não! Não! Não!...

Tente!
Levante sua mão sedenta
E recomece a andar
Não pense
Que a cabeça agüenta
Se você parar
Não! Não! Não!
Não! Não! Não!...
Há uma voz que canta
Uma voz que dança
Uma voz que gira
Bailando no ar

Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!

Tente!
E não diga
Que a vitória está perdida
Se é de batalhas
Que se vive a vida
Tente outra vez!...

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