Em 1993, a CERPIL, visando a comemorar os vinte anos da Cooperativa, lançou um informativo, organizado e escrito por M. B. Lucena, do qual transcrevo o texto abaixo:
Fundada em 11 de setembro de 1952, sob a denominação de “Cooperativa de Crédito Popular e Agrícola de Jardim de Piranhas Ltda.”, teve sua única sede na Av. Plínio Saldanha, s/n, em Jardim de Piranhas, Comarca de Caicó, sendo cento e vinte e três (123) os seus sócios fundadores. Foi constituída sob a égide do Decreto Federal nº 22.239, de 19.12.1932 e do Dec. Lei nº 581, de 1º.08.1938, com o objetivo de “proporcionar crédito e moeda aos seus associados por meio da mutualidade e da economia, mediante uma taxa módica de juros, para financiar os agricultores e criadores, e fomentar o crédito”. Hum mil, cento e nove quotas (1.109) foram subscritas. A Assembleia de Constituição foi presidida por Manoel Torres de Araújo e secretariada por José Henrique de Araújo. Juvino dos Anjos, Diretor da Divisão de Cooperativismo do Departamento de Assistência aos Municípios e Cooperativismo, oficializou o ato.
Em 22 de novembro de 1953, sua denominação foi alterada em Assembleia Geral Extraordinária, para “COOPERATIVA DE CRÉDITO AGRÍCOLA E POPULAR DE JARDIM DE PIRANHAS LTDA.”, em função de exigências do Serviço de Economia Rural (SER). Em 13 de abril de 1969, mais uma Reforma Estatutária, recebendo a denominação final de “COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE JARDIM DE PIRANHAS LTDA.” (Lei nº 59, de 21.11.66, regulamentada pelo Decreto nº 60.597, de 19.04.1967).
(...)
Sua área de ação estava limitada aos municípios de Serra Negra do Norte, Timbaúba dos Batistas, São Fernando e Jardim de Piranhas, no Rio Grande do Norte, e Brejo do Cruz, São Bento e Belém, no Estado da Paraíba.
Sua existência (1952 a 1984) representou um período de considerável importância para os agricultores e pecuaristas, no repasse de material agrícola, mudas, produtos veterinários etc., graças a contratos de consignação celebrados com a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), a partir de 17.05.1965, além de empréstimos financeiros ou abertura de créditos através do Banco do Brasil S.A. e do Banco do Nordeste do Brasil S.A., associado à construção de depósitos/armazém, em convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em 1970.
A partir de 1970, se iniciou um “processo de descapitalização” da Cooperativa, entrando em “fase de paralisação de todas as suas atividades”.
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