FATOS DE NOSSA HISTÓRIA: QUEM FOI “COMPADRE”?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

AMARO CAVALCANTI, TIO DE "COMPADRE"

O “Jornal de Caicó”, edição do dia 26/01/2002, na coluna “Histórias do Sertão”, publicou a seguinte matéria:

Quem foi “Compadre”

Seu nome era o mesmo de seu pai: José Raimundo Cavalcanti e também herdou do pai o apelido: Compadre. Ele nasceu em Jardim de Piranhas lá pela segunda metade do século XIX. Dado à prática de desordens, ingressou no bando do cangaceiro Antônio Silvino no ano de 1901, onde participou do “fogo da pedreira” e do espancamento de um chefe político da cidade de Santa Luzia, na Paraíba, que se chamava Aristides.
Contava ainda em vida o Sr. Luís Orôncio de Medeiros que, ao deixar o bando de Antônio Silvino posteriormente, Compadre estava bastante comprometido com a Justiça de algumas cidades dos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, fugindo para o Rio de Janeiro, onde procurou refúgio junto ao seu tio, o famoso jurista Amaro Cavalcante de Brito, irmão do padre João Maria.
Na então capital da República, Amaro Cavalcante o recebeu da seguinte maneira: “Você não presta; volte para Jardim de Piranhas. Lá ninguém vai mexer com você”. Porém, a coisa não foi bem assim. Seguindo as ordens do tio, retornou em 1915, mas foi preso pelo capitão Inácio Gonçalves Vale, conhecido também por tenente Inacinho, na Fazenda Morcego, a 12 Km da cidade.
Na época, Compadre foi submetido a julgamento e condenado a 12 anos de reclusão. Pediu a Justiça o cumprimento da pena em Mossoró, sendo atendido e cumprindo 10 anos de cadeia. Os outros dois, cumpriu-os em Caicó. Depois de livre no ano de 1928, o ex-cangaceiro passou a residir na cidade de São Bento, na Paraíba, onde morreu em 1939, vítima de uma tuberculose.

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