Vimos, no final da postagem anterior, que a van em que viajávamos fora retida pela Polícia Rodoviária devido a não estar emplacada. Ficamos todos nós, portanto, no meio do caminho, sem ter como ir a Tibau ou retornar a Mossoró.
Parcelo decidiu procurar o saudoso advogado José Geraldo, irmão de Humberto, e pedir àquele que o ajudasse a liberar o carro. Enquanto isso, ficamos sentados na beira da estrada, esperando pelo ônibus de Armando, que, lembramo-nos depois, também iria a Tibau. Mas, antes de O ônibus chegar, Cazuza se empenhava em divertir os patrulheiros com suas inúmeras histórias.
Embarcamos todos no velho e providencial ônibus de Armando e rumamos para a Praia das Manoelas. Chegando lá, encontramos a turma do La Bossa já instalada em uma das barracas. Havia ainda, no local, vários turistas, todos eles muito educados, falando baixo, o que contrastava com a algazarra feita pelos Bossas. Os turistas, porém, só suportaram o barulho até a hora de aqueles pagarem a conta. Nesse momento, a discussão para ver quem dava X ou Y ganhou ares de rixa entre torcedores de Palmeiras e Corinthians. Os diálogos foram mais ou menos assim:
- Eu não vou pagar tudo isso, não! Você comeu mais do que eu e quer pagar menos?
- Eu nem comi nada, seu cara de t... Você é que não deixou nada para mim no prato!!!!
Morrendo de vergonha, atirei minha parte na conta em cima da mesa e fui para outra. Foi quando percebi que os turistas haviam todos ido embora, fugindo, certamente, daquele espetáculo.
Mais ou menos nessa hora, chegam Parcelo e Dos Santos na van, finalmente liberada pela Polícia Rodoviária. Como os outros já haviam retornado a Mossoró em outros carros, saímos para assistir ao jogo, além dos dois já mencionados, Erasmo, Késia e eu.
Durante o trajeto de volta, Parcelo ia contando o trabalho que tivera para conseguir a liberação do veículo. Erasmo, já sob o efeito do álcool, disse a Parcelo que ele não fizera nada mais que sua obrigação. Este retruca, chamando um palavrão com aquele. Os dois se atracam dentro do carro em movimento, obrigando Dos Santos e eu a nos envolvermos na confusão, tentando apartar os brigões, que, inclusive, já haviam caído por cima do motorista, correndo o risco de este perder o controle do carro. Não me lembro, em toda a minha vida, de ter levado um murro tão grande no queixo.
CONTINUA...
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