A Festa da Padroeira chega à reta final repetindo o grandioso e emocionante espetáculo de fé em Nossa Senhora dos Aflitos. Já se sente saudade dos bons momentos vividos no período: a igreja sempre lotada, os belos cânticos entoados, a autêntica felicidade das crianças no parque, os abraços calorosos recebidos de quem não se via há bastante tempo.
No entanto, é preciso ressaltar que, para que chegasse ao estágio atual, a Festa passou por profundas e significativas alterações. Somente no início dos anos 1980 é que se fixou no mês de setembro. Antes, promovia-se o evento no mês que se considerasse mais conveniente, geralmente, em novembro. A programação social resumia-se a leilões, quermesses, pescarias e a bailes realizados no Clube Velho ou na escola Marinheiro Saldanha. Os parques que aqui se instalavam eram bastante acanhados, com poucas opções para as crianças da época.
Graças ao trabalho de toda a comunidade, participa-se hoje de uma Festa que parece não mais caber no extenso Largo da Matriz. Um grupo destacou-se dentro desse trabalho: os Jovens Unidos Evangelizam (JUE). Fundado em 18/06/1978, o Grupo de Jovens, como acabou popularmente conhecido, merece todas as honrarias. Num intervalo de quase uma década, os componentes do JUE trabalharam com afinco e abnegação e, liderados pelas irmãs Ângela e Dionne, contribuíram, decisivamente, para que a Festa da Padroeira desse um significativo salto de qualidade.
Os que fizeram parte do grupo nessa época devem-se lembrar da sadia competição travada com o Apostolado da Oração, disputa ao fim da qual a barraca da Jovem Guarda venceu a da Velha Guarda. Também não devem haver esquecido a brilhante peça teatral “Paixão de Cristo”, o programa matinal “Despertando com Cristo”, a publicação do jornal da Festa, a participação musical nas celebrações, a promoção de retiros, encontros e seminários.
Não citarei nomes, a fim de não cometer alguma injustiça. Considero, sem exagero algum, que as primeiras formações do Grupo de Jovens reuniram a melhor geração da História deste município. Dificilmente contaremos novamente com um grupo tão inteligente, harmonioso, competente e solidário. Dezenas daqueles jovens, do final dos anos 1970 até os dias atuais, transformaram-se em homens e mulheres honrados, cultos, capazes e responsáveis, que dignificam, onde quer que estejam, os valores cristãos e humanos amplamente cultivados nas atividades desenvolvidas no JUE.
Só tenho a lamentar que essa geração não tenha podido contribuir no âmbito da Administração Municipal. Embora alguns deles tenham participado ativamente do cenário partidário-eleitoral, a ênfase que aqui se dá ao poder econômico praticamente sepultou as chances de todos. Jardim de Piranhas, desse modo, perdeu uma oportunidade única: a de haver progredido na mesma proporção que nossa adorada Festa.
5 comentários:
Essa sua matéria é a mais pura expressão da verdade, tenho orgulho de haver sido parte desse grupo tão benefíco a sociedade jardinense e que relevantes serviços prestou a nossa igreja.
Alcimar, parabéns pelo assunto e surgiro a quem possuir alguma foto desse maravilhoso grupo, o que diga respeito ao mesmo, que te empreste para que nossos jovens tão sem rumo possa apreciar a beleza e grandeza desse ímpar grupo.
Adorei a foto, estou ai no meio, era maravilhoso esse tempo que a gente se reunia no grupo de jovem para conversa e rezar, fiquei muito feliz quando vi a foto, era só alegria.
Que saudade desse tempo Najara, mais não volta mais, é bom ver o tempo que eu ainda tinha cabelo kkkk, parabéns Alcimar!
Nessa época Jolucy só queria ser a Angélica kkkkk!
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