Não é de hoje que Jardim de
Piranhas lamenta haver perdido o bonde do desenvolvimento. Em 1973, num
diagnóstico sobre a região do Seridó realizado pelo Governo do Estado¹, vejam
como era o cenário local na época (leiam com atenção os trechos destacados):
No
1º grande grupo – dos pequenos centros de serviços – foram enquadradas 18
cidades, correspondentes a 81% do total regional. São todas sedes municipais,
já que na região não existem vilas, dotadas apenas de um comércio básico de
artigos de 1ª necessidade. Os serviços de crédito se restringem a algumas
cooperativas, não se encontrando
agências bancárias nesses centros, bem como serviços de consultoria e
planejamento. Os aglomerados que possuem serviços médico-hospitalares,
educacionais de nível médio, culturais e de lazer e de transporte formam um
número reduzido. Em suas relações com
a vida rural da região, tais centros exercem pouca atração, a não ser como
residência de alguns fazendeiros ou, mais frequentemente, de pequenos
agricultores, rendeiros ou parceiros. Como mercado, apenas comerciam com
gêneros de subsistência produzidos na região. Alguns desses centros, de
localização mais isolada em relação aos centros da vida regional, ao lado da
intermediação no comércio de algodão, principal produto regional, exercem uma
função coletora especializada.
Contudo,
uma categoria inferior é formada por
10 destes pequenos centros de serviços, constituindo apenas centros
elementares, quase totalmente desprovidos de serviços, não merecendo sequer o
nome de cidade; possuem apenas um
comércio restrito – alguns bares e algumas lojas que vendem gêneros
alimentícios, tecidos e outros produtos manufaturados –, obrigando a população a recorrer à mais próxima das cidades, melhor
equipadas para o atendimento de suas necessidades fundamentais. Alguns centros
mais bem aparelhados, apesar do equipamento muito restrito, ocupam uma posição
mais destacada na citada categoria: é
o caso de J. Piranhas, que teve pequenas fases de expansão somente no passado.
No texto acima,
constata-se, com clareza, que pouca coisa mudou em Jardim nos últimos 40 anos. O
potencial do município foi e continua sendo desperdiçado. Quando veremos a luz
do fim do túnel?
______________
¹ REGIÃO
DO SERIDÓ. Série Base Econômica das Micro-Regiões do RN VI. Secretaria do
Planejamento e Coordenação Geral. Convênio Sudene/Serfhan/Gov. do Estado.
Volumes I e II. Natal, 1973.
3 comentários:
há empresários da indústria têxtil de jardim de piranhas que preferem usar grande parte dos lucros, para dar desmontrações de riqueza e se exibir de que,investir, em novas tecnologias e aumento da produção.
vejam só meu carrão!
um arraso, a minha mulher enfeitada de jóias e vestindo dolce e gabana.
vá filhinho, coloque as fotos da micareta na web, tá lindinho!
O comentário do aônimo acima é a mais pura da verdade
é mais q pura verdade, é a realidade jardinense.
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