Há quinze anos, completados justamente neste dia, senti a pior das dores: a morte de minha mãe. Impossível descrever o sofrimento por que passei na madrugada daquele fatídico 10 de novembro de 1996. Assistir-lhe aos últimos momentos foi a mais dolorosa experiência que tive nesta vida. Não consigo, até hoje, entrar em um hospital, qualquer que seja, sem que recorde todos aqueles cruciantes momentos.
Fiz, há pouco, o que todo órfão deve fazer em datas como esta: visitei seu túmulo, acendi-lhe algumas velas, depositei um arranjo de flores, rezei por ela e chorei. Sei que é muito pouco para recompensar o imenso e incondicional amor que ela sempre dedicou a meu pai, a meus irmãos, a mim e a Natália, a única neta que conheceu em vida. Minha Ana Cecília, infelizmente, não teve a mesma sorte de com ela brincar e de sentir o calor de seus abraços e beijos.
O tempo é capaz de nos transformar radicalmente. Ele nos tira a cor dos cabelos, marca nossos rostos com rugas e sinais, priva-nos da vitalidade e da memória. Desafio-o, no entanto, a me fazer esquecer de minha querida mãezinha. Mesmo que eu viva mil anos, guardarei comigo o brilho de seu sorriso, o verde de seus lindos olhos e a suavidade de sua voz.
Descanse em paz, minha doce e amabilíssima mãe. Um grande beijo deste filho que lhe será eternamente grato.
4 comentários:
Caro Alcimar! me emociono ao ver esse depoimento, esse sentimento de amor pela sua mãe é a coisa mais bonita que um filho pode demostrar a essas senhoras de luz,elas não eram pra nos deixar nunca, são nossa outra metade,são elas a fortaleza que nos levanta, que conforta nos monmentos dificeis dessa passagem terrena, parabéns por ser esse grande homem que é e pelo qual tive o privilégio de ser aluno, que deus abençõe todas as mães do mundo.
Muito obrigado, Eugênio.
amigo alcimar, como sempre você fala com muita propriedade em todos os temas aqui colocados, mas este você emocionou. Um forte abraço, amigo.
Muito obrigado, meu grande amigo! Abraço.
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