Nos últimos dias, acompanhei o acalorado debate entre meus colegas blogueiros acerca da propaganda eleitoral antecipada. Não sei se a proximidade da definição das candidaturas está mexendo com os brios de todos. Também não pretendo dar puxão de orelha em ninguém, pois não tenho autoridade para tanto nem o direito de fazê-lo. Apenas acho que poucos têm razão nesse embate.
Conforme determina o art. 36, caput, da Lei nº 9.504/97, a veiculação de propaganda eleitoral só é permitida após o dia 5 de julho do ano do pleito eleitoral. Nesse sentido, o Tribunal Superior Eleitoral tem decidido que “constitui ato de propaganda eleitoral aquele que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, a ação política ou as razões que induzam a concluir que o beneficiário seja o mais apto para a função pública.”
Pois bem. Já faz algum tempo que os jardinenses vêm sendo bombardeados com todo o tipo de propaganda dissimulada. De uma hora para outra, sem o menor aviso ou motivação aparente, notamos o quanto uma marca passou a ser amada por alguns, descobrimos a existência de uma misteriosa rede e passamos a ouvir um inusitado programa de rádio. Além disso, promoveram-se festas gratuitas, residências urbanas e rurais passaram a ser bastante frequentados e um simples partido, repentinamente, virou a panaceia local.
Se desejam fazer propaganda extemporânea, que façam. Se desprezam a legislação eleitoral, que assumam os riscos. Entretanto, considero imperdoável que se brinque com a inteligência da maioria. O povo é sábio o bastante para constatar o que se passa em sua volta. Raros são aqueles que se deixam enganar. Preferem, isso sim, fingir que nada acontece para, dessa forma, angariar a simpatia do líder político.
Não consigo acreditar em quem infringe leis que, no futuro, terá a obrigação legal e moral de observar. Como garantir que o menosprezo de agora não se transformará em incompetência e corrupção amanhã? Dá para confiar num administrador que não mede esforços para vencer uma eleição? Afinal, as leis só servem para os outros, e nunca para si mesmo?
Temo pelo futuro que nos espera. A turba já está a postos, afiando as armas e preparada para as batalhas. A guerra parece iminente e nada se mostra capaz de arrefecer a sanha dos que torcem por ela. Triste Jardim. Pobre Jardim.
6 comentários:
É fato, é triste, é lamentável. A política (vereadores, prefeito, deputado federal, pré-candidatos e os oportunistas de plantão) de Jardim de Piranhas é composta de gente que estar apenas querendo se dá bem. Os políticos de Jardim de Piranhas fazem discursos e declarações puramente demagógicas, eles, na realidade, são vaidosos, gananciosos e oportunistas, que não se dão nem ao trabalho de terem qualquer projeto. Estão aí só para usar a política como meio obter status financeiro e social. E o que é pior, muita gente (que tipo(s) de gente é essa?) de Jardim idolatra esses disfarçados. Jardim sem flores. Triste Jardim.
Parabéns pela matéria, vc só esqueceu de uma coisa não é a primeira vez que isso acontece em Jardim, das as eleições são assim e nunca a justiça eleitoral tomou nenhuma providência contra os tubarões, que engole as leis eleitorais e não precisam nem mastiga-las.
Alcimar voçê chama de gerra? incentivando ainda mais a briga de famílias?
Custo a acreditar que você não tenha compreendido o que escrevi!
Não tem cinquenta eleitores responsáveis pela dignidade de Jardim de Piranhas. O resto é composto de idiotas e venais.
Oto tudo pra galera.
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