Em uma das mais belas passagens do Novo Testamento, Jesus está reunido com todos os discípulos, para a última ceia. Já no final desta, após revelar a traição de Judas, dirige-se aos demais presentes e nos deixa, na opinião deste humilde escriba, Seu mais importante legado: “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros (João 13:34)”.
Até o mais intransigente dos ateus é incapaz de questionar a verdade universal contida nessa exortação. Ainda que Cristo houvesse sido o ser mundano, pecador, esposo de Maria Madalena e pai de numerosa prole, como alguns incrédulos o descrevem em livros fantasiosos ou em filmes risíveis, não se pode negar a influência de Seus ensinamentos na cultura ocidental.
O mundo como o vemos hoje, certamente, seria bem pior se Jesus não tivesse existido. Basta ler os evangelhos para se dar conta do quanto devemos ser gratos ao filho de Deus. Foi Ele que nos ensinou a não revidar a agressões, a zelar pela integridade das crianças, a não julgar os outros, a respeitar as diferenças, a ser bom e generoso com todos.
Tornar nossa convivência um pouco mais pacífica é um milagre de Cristo que se renova a cada novo nascer do Sol. Pena que, passados mais de dois mil anos, a grande maioria ainda veja seu semelhante como um inimigo em potencial. Se seguíssemos fielmente o principal mandamento cristão, não veríamos gente morrendo porque torce por um clube rival, não faríamos da Política um balcão de negócios, não deixaríamos de pagar pensão alimentícia aos próprios filhos, não faríamos do dinheiro e do poder o principal objetivo de nossas vidas.
Por isso é que a Semana Santa não pode ser encarada como um simples feriadão. Deveríamos aproveitar este momento para fazer, no mínimo, dois dias de silêncio, em sinal de respeito e gratidão. Se Jesus Cristo suportou, com humildade e altivez, todas as provações, por que nós não seríamos capazes de nos privarmos dos prazeres terrenos? Se você, caro leitor, não consegue, é sinal de que não está amando sequer a si mesmo.
Uma ótima Semana Santa a todos! Que tenhamos uma feliz Páscoa e que Jesus nos conduza a um mundo melhor, repleto de paz, amor e respeito ao próximo.
5 comentários:
Quem diria que aqueles animaizinhos do período triásico,nós mamíferos, evoluiríamos e inventariamos a escrita, o telefone, a web e a roda. Quem provará que Deus existe, serão as grandes Universidades, a Ciência. O que há de santo, na semana que torturaram e mataram aquele que poderia ter escrito muitos mais evangelhos. Semana Santa é coisa de comerciante. Principalmente os de peixe e ovos de páscoa. Quem não pode comprá-los, são os que estão na semana do terror, tal qual Cristo nas mãos dos comerciantes da época. Palavras bonitas sem ação é igual a apontar o sofrimento, depois torcer e esperar que alguém tome as providências.
Jesus Cristo é nosso irmão. Todos somos filhos de Deus, inclusive todas as plantas e todos os animais, uns mais evoluídos, outros menos. Esse dogma que Deus mandou seu único filho, é balela.
Existe a mitologia grega, mitologia chinesa, mitologia indiana etc. A Biblia contém as histórias da mitologia Hebráica. Infelizmente, a Bíblia também é usada pelos farsantes como instrumento para exploração descarada dos ingênuos-ambiciosos.
É sim, Alcimar. Você é um bom cronista. Contudo em seu palimpsesto, você não consegue apagar a amargura.
Eu sou um peixe. Nessa semana, nada santa para mim. Um homem me prenderá numa rede, me tirará para fora d'água onde, eu morrerei sem fôlego. Depois o homem cozinhará meu cadáver e me sepulturá em seu estômago. Já imaginaram o martírio desse mesmo homem, se ele fosse amarrado e jogado dentro d'água para morrer sem ar? Não falarei do ritual gastronômico.
Eu sou um carneiro. Nesse sábado de aleluia, nada louvado para mim. Há uma semana nesse campo de concentração chamado curral, o homem baterá com as costas dum machado em minha testa e me sangrará. Depois me tirará o couro, cozinhará meu cadáver e me sepultará em seu estômago. Já imaginaram se esse mesmo homem fosse preso, depois morto com uma paulada na cabeça, depois fosse tirado sua pele na frente de todos. Não falarei sobre os tramites culinários.
Eu sou Jesus Cristo. Apesar de muitos terem essa tradição, eu não tenho, realmente, nada a ver com o sofrimento do peixe e, muito menos do carneiro. Sou até contra. Enquanto o homem não deixar certas práticas egoísticas, superticiosas, preconceituosas e, principalmente, desnecessárias. Não irá para o céu, e não adiantar rezar, tem que aprender as práticas que o levará ao paraíso. A verdadeira bondade é essencial.
Eu sou um Camelo. Não aguento mais ser lambuzado com vaselina pelos ricos de Jardim de Piranhas. Será que eles não entende que um camelo nunca passará por um buraco de agulha.
Postar um comentário