A divulgação dos aprovados nos vestibulares da UFRN e de universidades paraibanas encheu de alegria alguns jardinenses. Não é para menos. Concluir um curso superior ainda é o melhor caminho para o sucesso pessoal e profissional. Cursar uma faculdade, mesmo com todas as facilidades modernas, é um sonho perseguido por estudantes e familiares. Só quem já passou no vestibular conhece a sensação do dever cumprido, da recompensa por anos e anos de estudo, sacrifícios e dedicação.
Contudo, sem querer jogar água no chope dos aprovados, considero o resultado deste ano preocupante. Pelo tamanho e pelo nível socioeconômico de sua população, Jardim de Piranhas não pode se contentar com um número tão pequeno de “feras”. O município tem potencial para aprovar um contingente bem maior. Se isso não acontece, é de se perguntar em que se está errando.
A primeira resposta, a mais óbvia, seria jogar a culpa em nossas escolas. 2011 foi marcado por greves tanto na esfera municipal quanto na estadual. Os professores lutaram para ver implantado o piso nacional em seus contracheques. Nada mais justo e legítimo, apesar de os dias sem aula prejudicarem consideravelmente os alunos. Mas como justificar, nesse quesito, a pequena aprovação das escolas que cumpriram fielmente o ano letivo?
A sociedade jardinense precisa aprender uma fácil lição: a educação de nossos filhos começa em casa. A escola, sozinha, não é capaz de educá-los a contento. É preciso que nos empenhemos, diariamente, em orientá-los, incentivá-los e lhes oferecer todas as condições para um eficaz aprendizado. Carinho, atenção e cuidados auxiliam bem mais que cobranças, ameaças e recompensas financeiras.
As escolas, por sua vez, precisam conquistar a confiança dos pais. Não basta, para tanto, fazer reuniões bimestrais, em que estes são chamados aos estabelecimentos apenas para ouvirem reclamações sobre o comportamento dos filhos. Se não houver parceria, se os pais não tiverem o direito de ser ouvidos, tais reuniões serão inteiramente inócuas, sem sentido.
Sei das dificuldades por que passa a educação brasileira. Mas problemas existem para ser solucionados. Cabe a todos – Governo, professores, diretores, pais e alunos – a árdua tarefa de melhorar o nível educacional de Jardim de Piranhas. Ou se começa logo a mudar esse quadro ou corremos o risco de ver minguar cada vez mais a quantidade de jardinenses aprovados nos vestibulares, o que se traduzirá em mais atraso, falta de perspectiva e futuro sombrio.
4 comentários:
A pergunta que não quer calar: Por acoso existe alguém preocupado com educação na nossa cidade Alcimar? Sou parte integrante desse processo e estou gritando no deserto jardinense - um abraço e parabéns pela matéria.
Só existe uma salvação, o aperfeiçoamento do caráter. Há mau caráter educado, há mau caráter estudioso, há mau caráter santo, há mau caráter amigo, há mau caráter bem intecionado, há mau caráter com vergonha na cara... Não há mau caráter sem querer.
Patricinha
Boa noite, Alcimar!
Estou neste momento estudando Concordância Verbal, gostaria se possível que você me tirasse uma dúvida, que é:
na seguinte frase: "FUI EU QUEM FALOU OU QUEM FALEI OU PODE SER USADOS OS DOIS MODOS"
Explique-me estas duas formas de concordancia verbal.
Muitíssimo obrigado, Joildo Alexandre!
"Foram nós quem falou ou quem falamos".
Gostaria que se possivel me explicasse estas duas formas de concordancia verbal. Se podemos usar as duas ou somente uma. Explique-me, obrigado!
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