O Blog de Alcimar quis saber: o rompimento
entre João Maia e Antônio Macaco será benéfico a Jardim? Veja os resultados:
RESPOSTA
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VOTOS
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PERCENTUAL
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Sim
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25
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26,0%
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Não
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5
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5,2%
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Tanto faz
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66
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68,8%
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TOTAIS
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96
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100%
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Comento.
Pelo que se lê nos blogs jardinenses, é fato
o rompimento político entre o deputado federal João Maia e o prefeito municipal
Antônio Macaco. Chegou ao fim a denominada “união das famílias jardinenses”,
cujos benefícios para o município foram, no mínimo, discutíveis.
Quem acompanha a política local de perto sabe
que o acordão entre Maias e Macacos não foi o primeiro de nossa história.
Quarenta anos atrás, em 1972, todas as lideranças jardinenses uniram-se em
torno de um único candidato, Zacarias José de Medeiros, que governou Jardim de
1973 a 1976. Esse acordo também foi alvo de críticas e se mostrou, segundo os
analistas da época, bastante prejudicial ao município, o que acabou facilitando
a vitória de José Henrique na eleição seguinte.
Segundo o principal representante da família
Maia, a união desta com o clã Macaco visou a pacificar o eleitorado jardinense,
bastante divido após a acirradíssima campanha de 2000. Nesse ponto, o acordo
cumpriu fielmente seu papel. A partir do momento em que os dois lados
tornaram-se um só, arrefeceu consideravelmente o ânimo belicista de alguns
partidários de ambos, que, mesmo a contragosto, viram-se obrigados a conviver
com antigos desafetos. O pleito de 2008 é a prova mais cabal dessa nova ordem:
nunca se vira uma disputa tão tranquila e desprovida de emoção.
Os críticos aos Maiacacos, como acabou
apelidado o grupo político surgido do acordão, consideram que se pagou um preço
alto demais por essa paz forçada. Isso porque, na opinião daqueles, a união
nunca fora aceita pela grande maioria dos partidários de um e de outro. Até
mesmo entre os líderes, os sorrisos e os cumprimentos sempre pareceram atos
encenados. Constantemente se viam seguidores dos Maias reclamando da falta de
prestígio da família, que não emplacara nenhum secretário no atual governo.
A meu ver, o acordão entre Maias e Macacos
conseguiu, com êxito, apaziguar a parcela do eleitorado que, estupidamente,
encara uma eleição como questão de vida ou morte. Nesse quesito, ponto para os
Maiacacos. Entretanto, acho que a falta de uma oposição, somada à diminuição de
repasse de recursos federais, contribuiu para a queda de qualidade na gestão
local. A inexistência de um adversário à altura, capaz de impor uma derrota
eleitoral ao sistema dominante, fez com que este se achasse infalível e
onipotente. Pior para população, que, nos últimos seis anos, não contou com uma
única voz a defendê-la no Legislativo ou nos meios de comunicação.
Não me acusem, após uma leitura rápida e
desatenta, de estar eu defendendo a volta do radicalismo. Não sejam injustos
comigo. Mesmo quando militei no Partido dos Trabalhadores, cujos integrantes
eram tachados de radicais ou extremistas, sempre defendi a Democracia e o
pluralismo de ideias. Se não fui intransigente na juventude, nenhum motivo há
para sê-lo agora. Tenho todo o direito de me opor a acordos que se mostram
benéficos apenas a um reduzido grupo de pessoas. Não considero imprescindível
que todos estejam no mesmo barco. É plenamente possível dividir espaços com
quem pensa diferentemente de nós. Só para exemplificar, nos Estados Unidos,
republicanos e democratas, há décadas, disputam eleições costumeiramente
decididas por pequena margem de votos. Os americanos já se acostumaram com a
alternância dos dois partidos no poder, coisa que, inclusive, consideram
bastante saudável.
Somos assim tão diferentes dos americanos?
Claro que não. Reunimos totais condições de participar de uma eleição cujo
objetivo principal não seja o de aniquilar o opositor. Não é necessário unir
adversários políticos para que se tenha um pleito tranquilo. O único acordo que
realmente deve ser formalizado é o do eleitorado com a sensatez e o bom-senso.
Quando esse acordão vier a ocorrer, Jardim de Piranhas, finalmente,
transformar-se-á no lugar com que todos sonhamos.
1 comentários:
Alcimar acho que esse acordo só prejudicou o nosso municipio que ao invés de progredir, regrediu principalmente na area da educação.
Fico triste quando vejo cidades próximas a Jardim valorizando a educação não só os professores, mas a estrutura física das escolas e o alunado.
É lastimável a falta de compromisso do gestor com os educadores por não pagar o piso que é um direito, fico triste com a falta de respeito com o alunado por causa do atraso das aulas e também por alguns alunos ainda andarem em carros pau de arara, pois a meu ver o dinheiro que é gasto com esses carros contratados já tinha dado para comprar transportes escolares de boa qualidade para o nosso município.
Espero que o próximo gestor valorize a educação do nosso município pois através dela formaremos cidadões melhores e a cidade voltará a progredir.
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