No dia 26 de maio de
1970, a cidade era invadida por flagelados da seca, famintos, em busca de ajuda
governamental. Embora o clima em Jardim tenha ficado tenso, não houve saques ao
comércio nem qualquer outro ato de violência. Tratou-se, apenas, de uma forma
de protesto dos agropecuaristas jardinenses, abandonados à própria sorte pelas
três esferas de governo.
A revista Sudene
Informa, de 1971, assim descreveu as dimensões da seca de 1970:
Janeiro
de 1971 foi um mês de muita alegria para grande parte das populações atingidas
pela maior seca de que se tem notícia nesses últimos 30 anos. É que começaram a
cair os pingos da tão esperada chuva. Vejamos como se desencadeou o flagelo da
seca em 1970 no RN: em fevereiro, inicia-se o período chuvoso na região
norte-riograndense situada entre o litoral e o meridiano 36º, enquanto que na
área restante do Estado as chuvas começam a cair em janeiro. Em 1970 as chuvas
de janeiro foram relativamente boas. Todavia, em fevereiro foram muito fracas. De
março em diante começou a escassez de chuvas, cuja quantidade não era
suficiente para a prática da agricultura.
19
municípios já haviam sido atingidos pela seca em princípios de abril. Em junho,
esse número elevava-se a 107 na 1ª quinzena e chegou a 118 no fim do mês. No final
de agosto progrediu, alcançando 128 municípios, quase todo o Estado.
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