Que o brasileiro adora futebol todo mundo já sabe. Coisa que poucos se dão conta são as semelhanças entre o mundo futebolístico e o da Política nacional.
Na CBF, nas federações estaduais e na grande maioria dos clubes brasileiros, são facilmente visíveis a corrupção, o despreparo dos dirigentes, a falta de planejamento e a gastança descontrolada. Nada muito diferente do que se constata nas prefeituras, nos governos estaduais e na Presidência da República. Tome-se como exemplo o Flamengo. Pagar um salário acima de um milhão de reais a um jogador que vive na farra e pouco ajuda os companheiros em campo assemelha-se a um prefeito que torra dinheiro público em festas, enquanto áreas mais sensíveis são tratadas a pão e água.
Os estádios do país, com uma ou outra honrosa exceção, são desconfortáveis e inseguros. Quem já precisou usar o banheiro num dia de grande público sabe do que estou falando. O coitado do torcedor, que, às vezes, paga caro para ver o time do coração, é tratado com total desprezo, como se não fosse ele a principal peça de toda a engrenagem. Situação idêntica suporta o pobre contribuinte brasileiro, sobre quem incide uma alta carga de impostos, mas recebe, em troca, péssimos serviços públicos. Este só adquire importância em época de eleição, que, tal qual uma decisão de campeonato, enche de cobiça tanto políticos quanto cartolas.
Mas é em meio às torcidas que se nota a maior semelhança entre Política e futebol. Torcedores e eleitores são o reflexo uns dos outros. Os menos apaixonados acompanham seus times e escolhem seus candidatos de forma racional, com observância às regras, sem permitirem que o lado emocional os leve a tomar atitudes impensadas, que ponham em risco o bem-estar de toda a coletividade. Com os fanáticos, infelizmente, ocorre justamente o contrário. Estes se deixam tomar pelo amor cego que devotam ao clube de coração ou à liderança política que seguem. São capazes de tomar quaisquer atitudes, até as mais violentas, em nome de uma paixão cega e tresloucada. O adversário chega a ser considerado um inimigo, que deve ser eliminado a todo custo.
Gosto de futebol e de Política. Daquele, pela plástica do jogo e pelas emoções que proporciona. Da segunda, por se tratar do campo em que, pelo menos em tese, debatem-se ideias e se escolhem os melhores para nos representar. Tanto num como noutro, vitórias e derrotas são inevitáveis. É preciso saber aceitá-las. Revoltar-se com os insucessos nos campos e nas urnas é revelar-se um mau perdedor. Agredir quem torce por um clube rival ou quem vota no candidato adversário é sinal claro de intransigência, despreparo intelectual e desequilíbrio emocional.
Minha teoria é que esse comportamento irascível de alguns torcedores e eleitores não guarda nenhuma relação com o futebol ou a Política. O jogo ou a eleição, na verdade, servem para dar vazão ao ódio que sente pelo desafeto. Por isso é que não é raro ouvir quem diga sentir maior felicidade na queda do time rival ou na tristeza do vizinho, chateado com a derrota do candidato em quem votara.
Desculpem-me os que se enquadram nesse grupo, mas sou forçado a lhes dizer que vocês estão inteiramente equivocados. Além de desvirtuarem os verdadeiros ideais políticos e esportivos, estão deixando de aproveitar o que de bom se pode extrair da sadia competição. O respeito às ideias contrárias e aos adversários é o que nos torna seres especiais, diferentes de todas as outras espécies que há na Terra. Agir de modo distinto é perder essa condição, dando causa, assim, a quem os compara a um asinino.
5 comentários:
Depois de gastar muito dinheiro, muito mesmo
Depois de lamuriar-se, dizendo-se traído
Depois de chorar, alegando ingratidão
Enfim. Depois que perder a eleição, alguém perderá, para prefeito
O candidato derrotado, angustiado e jururu deve fazer o quê, de imediato?
A – fazer uma promessa pra deixar de ser otário
B – jogar bosta de helicóptero sobre a cidade
C – e passar uma temporada na casa dum parente interesseiro, com um uru de lexotan
Muita gente tem vergonha de escrever comentários no blog do Alcimar porque ele é um craque em português. Não deveriam, os verdadeiros mestres são compreensíveis, pois sabem o quanto é difícil dominar bem uma ciência. Além do mais, desde que tenha um mínimo de legibilidade, as idéias escritas são mais importantes do que as normas gramaticais. Além disso, até agora, o blog do Alcimar é um dos fóruns mais adequados para se passar a limpo Jardim de Piranhas.
Depois de cumprir os ritos das alternativas A,B,C, o candidato pode blefar tal qual fez Antonio Macaco em 2004: mesmo com a situação financeira em frangalhos mandou sua militância zoadenta gritar aos quatros ventos que, venderia até a casa de morada, mas se elegeria a qualquer custo em 2004. Pronto. O rico e ingênuo João Maia “comeu” o blefe, e pimba, com medo de ter que gastar outra fortuna, como a que gastou com Galbê nas eleições de 2000, contrariando até sua mãe que foi fustigada com insultos durante as eleições de 2000 e todos da família Maia, João Maia obrigou Galbê a candidatar-se em 2004, como vice de Antônio Macaco, logo o vice de Antônio Macaco que, infernizará de maneira cruel a vida dos Maias e seguidores nas eleições de 2000. Antônio Macaco segue com a arte de blefar: lançou sua sobrinha Luana, para não ter que apoiar seu primo Rogério, sem levar uma caçamba de dinheiro. Ou seja, até retira a candidatura da sobrinha, mas, precisa de vento, muito vento. Dali Toim! Jogar com esses patos é moleza , né, não, camarada raposa. Ops! Macaco!
Eu sou uma empregada doméstica do sítio dum novo rico candidato a prefeito de Jardim de Piranhas. Eu ganho bem pelo trabalho. Mas o trabalho, né bricandeira não, bichim. Nesse ano de eleições, então. E o pior. São poucas as visitas educadas e agradáveis. Agora o grosso mesmo é de pessoas que se dizem eleitores do meu patrão. Mas na verdade não passam de aproveitadores, garapeiros e falsos. Esses desclassificados passam o dia transitando dentro da casa, inclusive nos aposentos íntimos. Eles levam o tempo fuxicando, levantando falso, pedindo, comendo como esfomeados e quando pegam um descuido, roubam. E não pense que, só é gente pobre, não, os mais perigosos são aqueles que o povo diz que são da sociedade, os chamados, ricos. Mulheres com roupas de marcas, essas, pedem mais que esmolés dia de feira. Os chamados ricos de Jardim de Piranhas chegam nos carrões, e logo começam elogiar e fazer gracinhas para meu patrão, pra não dizer babar descaradamente. Esses sujeitos trazem os filhos, as mulheres e seus próprios babões. Bebem e comem como se não conhecesse comida nem bebida. Se o que eles consumem fosse cobrado, nunca que eles viriam. Mas meu patrão também é culpado. Parece que ele precisa dessa gente elogiando ele. Parece que meu patrão precisa da aceitação dessa gente. Coitado, tirando uns gatos pingados que gostavam dele, mesmo quando ele era pobre, a maioria só quer se aproveitar. Mas o dinheiro é do meu patrão, fazer o quê, se meu patrão quer fingir que essa gente presta. A sabedoria diz que, todo babão é um traidor disfarçado.
Há uma confusão nas datas, mas a história nesse comentário tem fundamento.
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