Semana passada, conversando com um amigo meu, falávamos sobre como algumas coisas mudaram nos últimos 25 anos. Os jovens e adolescentes da atualidade são muito mais liberais e têm, a seu dispor, um leque enorme de opções, bem diferente de nós, da geração dos anos de 1980.
Naquela época, as escolas eram bem menos aparelhadas. O professor contava apenas com o quadro, o giz e a voz para transmitir o conteúdo. Livros de boa qualidade e fardamento escolar, tudo distribuído farta e gratuitamente, era um sonho impossível. Sala de informática, sala de vídeo, biblioteca e laboratório não faziam parte de nosso mundo. Tínhamos, mesmo, é de ser rápidos ao copiar o assunto escrito no quadro. E ai daquele que reclamasse.
Fazer uma faculdade era uma verdadeira epopeia. Contávamos apenas com o Campus da UFRN em Caicó, que oferecia pouquíssimas vagas, bastante disputadas por aqueles que não reuniam condições ou não tinham coragem de estudar em Natal, passando fome na Casa do Estudante. O jeito era se contentar em apenas concluir o 2º Grau e, depois, ir trabalhar em alguma tecelagem, sonhando em se tornar patrão algum dia.
Poucos possuíam moto ou carro. Para ir a uma festa nas cidades vizinhas, só havia duas opções: ou ir de ônibus e fretar um táxi. Sorte de quem tinha um amigo motorizado. As bicicletas eram bastante valorizadas, embora não fossem tão baratas para a grande maioria. Sofríamos bastante com a concorrência dos rapazes “de fora”, que para cá vinham em seus automóveis e, com isso, conquistavam os olhares e os beijos das meninas com quem paquerávamos.
Como vocês, jovens leitores, podem constatar, nossa vida não era nada fácil. Porém, em um ponto, nós levamos vantagem sobre vocês. Nós ouvíamos boa música e só éramos beijados por quem realmente gostava de nós. Perdíamos em número de conquistas, mas ganhávamos em qualidade. Era emocionante convidar uma menina para dançar e tentar conquistá-la enquanto se ouvia uma música romântica, geralmente um sucesso de Roberto Carlos, Roupa Nova, José Augusto ou algum grupo ou cantor estrangeiro. Considero isso bem melhor que beijar uma desconhecida, apenas por alguns minutos, ao som de uma música escatológica, que sai da boca desses safadões da vida.
Vocês têm todo o direito de me achar um velho gagá, resmungão, que vê pouco de bom nos dias atuais. Saibam que não estarão completamente enganados. Só lhes digo que, no futuro, quando contarem com minha idade, vocês olharão para trás e, finalmente, compreenderão a mensagem que ora lhes transmito.
4 comentários:
papo de donzelo é passado
papo de conquistador é mentira
papo de mulher é carinho
papo de passear é riso
papo de mordomia é despreocupação
papo de transar é gemer sem querer
carmim ventania
obsessão
os neutrinos não ficam comigo
tampouco meus vinte e um anos
o tempo arrancou o limoeiro lá de casa
também a beleza de arlete de mauro silva
só não passa essa obsessão
tirana de minh'alma
consume minha esponteneidade
com vovaz inquietação
me empanturra com um desejo só
sem direito a arripunação
doido oto
parabens alcimar vc fez otimos comentario de tudo como eram antes é que tudo hoje para essa nova geração é bobagem mas eles vão sofre as consequencia no futuro.
OTTO RASGA DINHEIRO KLEBER RASGAVA O COQUINHO ESTE SIM EH DOIDO.
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