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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Todo evento que ocorre, por mais bem planejado que seja, sempre apresenta falhas. Não há nada de errado em chamar a atenção para elas. Ao contrário, é imprescindível que se faça tal análise, a fim de se evitarem os erros cometidos em edições futuras.

A Festa da Padroeira deste ano, em sua programação social, merece, na visão deste humilde escriba, uma nota 8. Parabenizo a Comissão Organizadora, a Administração Municipal, a direção da Paróquia e a todos os que, voluntariamente, contribuíram para que a Festa de 2011 entrasse para a História.

Nem tudo, porém, foram flores. Problemas ocorreram. É preciso debatê-los, procurar soluções, sugerir mudanças. Foi essa minha intenção com a última enquete. Os resultados apresentados, ainda que o universo de participantes tenha sido pequeno, revelam que as falhas por mim apontadas também foram percebidas por alguns jardinenses. Convido você, caro leitor, a refletir sobre elas:

Brigas e confusões durante o show de Garota Safada – Indago se vale a pena torrar mais de 100 mil reais de verbas públicas com a contratação de uma banda que atrai milhares de forrozeiros de cidades vizinhas, alguns deles brigões, mal educados e desonestos. A Festa, nessa noite, não foi feita para os jardinenses, que mal puderam andar pelo Largo da Matriz. Ir ao banheiro era uma maratona. Crianças e idosos tiveram de ir dormir mais cedo, a fim de lhes garantir a integridade física. Quem ficou no local sofreu com empurrões, cotoveladas e ameaças. Vi, no sábado, pessoas feridas. A praça defronte da igreja, no domingo, momentos antes de se iniciar a procissão de encerramento, estava repleta de cacos de vidro. Acho que se pagou um preço alto por menos de duas horas de apresentação.

O interminável bingo – Ninguém, em sã consciência, opõe-se à realização do bingo. A Paróquia necessita dos recursos arrecadados com a promoção, essenciais para a manutenção da Igreja local. Questiono apenas a forma como foi organizado neste ano. O horário em que se iniciou e a quantidade exagerada de dez sorteios empurraram o bingo madrugada adentro. O problema poderia não ter ocorrido se, por exemplo, os prêmios fossem reunidos em dupla, reduzindo à metade o tempo consumido com as “chamadas”.

O apagão no dia do encerramento – Este evento, obviamente, não poderia ter sido evitado pelos responsáveis pela Festa. Chamou-se a atenção para ele devido a um fato: o parque de diversões não possuir um gerador de energia. Quem, no momento do apagão, tinha filhos nos brinquedos ficou apavorado. Os balões, tão logo as luzes se apagaram, esvaziaram-se por completo e rapidamente, caindo por cima das crianças que dentro deles brincavam. Minha filha foi uma das vítimas. O único funcionário presente não conseguiu, sozinho, retirá-la do local, juntamente com outras duas crianças. Não fossem os pais delas que lá estavam, uma tragédia poderia haver ocorrido. Não se pode esquecer disso no próximo ano, quando se vistoriar o parque que aqui se instalar.

Os três dias de leilão – Desde que os leilões foram introduzidos na programação social da Festa, confesso que nunca encontrei alguém que deles gostasse. Neste ano, para piorar, um dia a mais foi a eles dedicado. A exemplo do bingo, compreende-se a necessidade do evento. Difícil entender, no entanto, o porquê de se ocuparem três dias de programação noturna, nos melhores dias da Festa, com atração de gosto discutível. Não seria possível leiloarem-se dois animais ao mesmo tempo, o que reduziria o tempo consumido? Ou, melhor ainda, por que não reunir, numa determinada barraca, todas as pessoas que costumam ofertar lanços, que são as mesmas de sempre, e conduzir o evento de modo reservado. Afinal, a intenção é apenas de ajudar à Igreja, não é?

O aperto nas barracas próximas ao parque – As barracas instaladas no vão entre as duas praças são o lugar preferido de muitas pessoas, dentre as quais me incluo. A proximidade delas com o parque, a oferta de boa alimentação e uma razoável distância do palco são confortos ideais para quem possui filhos e/ou deseja poder conversar sem ser incomodado pelos exagerados decibéis instalados. Porém, neste ano, tudo isso foi prejudicado em razão do pouco espaço destinado às barracas. A instalação de pontos de venda de crepe suíço, sorvete, frituras, churros, brinquedos e bugigangas, numa quantidade acima do suportável, dificultou a vida de quem frequentou o local. Há duas soluções possíveis: ou se destina outro espaço para esses pontos ou se diminui a quantidade de barracas.

Outras falhas – Durante o jantar, a AJAP (Associação Amigos de Jardim de Piranhas) aproveitou o evento para entregar a comenda Maria Calisto a jardinenses que se destacaram nas áreas da Educação e da Cultura. Como integrante dessa associação, avalio que a cerimônia ocorreu em local inadequado, constatação essa compartilhada pelo restante da diretoria da AJAP. Embora a intenção inicial fosse a de conceder maior visibilidade aos homenageados, constatou-se, durante a entrega da comenda, que o jantar acabou sendo ofuscado. Muitos que ali estiveram desejavam apenas fazer uma boa refeição, com uma boa música ao fundo. Em nome da AJAP, desculpamo-nos com todos e nos comprometemos a não cometer o mesmo erro novamente. 

1 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelos pontos levantados para tornar a Festa cada vez melhor. Gostaria apenas de acrecentar, se nâo é possível pedir a organização da festa, polícia e demais autoridades responsáveis pela festa, que nas procissões de abertura e encerramento melhorem o deslocamente dos fiés tirando veiculos, poldando algumas árvores entre obstáculos que atrapalham as procissões.

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