PRECISAMOS DE UMA “PRAÇA DE EVENTOS”?

sexta-feira, 1 de julho de 2011





A enquete sobre se o jardinense aprova ou não ser construída, nas proximidades do rio Piranhas, a denominada “Praça de Eventos” mostrou um significativo resultado. Para minha surpresa, inclusive.

Você, assíduo leitor deste modesto blog, já conhece minha opinião sobre essa obra. Sabe também que respeito a opinião alheia. A Democracia, como magistralmente um dia definiu o primeiro ministro inglês Winston Churchill, "é o pior sistema político, depois de todos os outros". Ninguém tem o direito de sobrepor sua vontade à da maioria. Portanto, se grande parte de meus leitores aprova tal obra, só me resta aceitar o veredicto.

No entanto, considero oportuno explicar por que me oponho a essa obra. Temo que ela, depois de pronta e passada a euforia inicial, acabe esquecida pelo poder público, servindo, no futuro, como abrigo para indigentes e ponto de encontro para bebedeiras e usuários de drogas. Preocupa-me, ainda, que os eventos promovidos no local poluam o já combalido rio Piranhas, abreviando-lhe sua morte.

Concordo com Rubinho de Severino de Lica, que defende a construção, no local, de uma área para a prática de esportes. Nada mais saudável que se exercitar num local seguro, sem se correr o risco de um carro ou um motociclista maluco o atropelar, e, concluída a atividade física, tomar um revigorante banho no que ainda resta de nosso rio. No local, ainda, poder-se-iam instalar equipamentos de ginástica e musculação, a exemplo do que se verifica em algumas cidades próximas.

Compreendo que a Administração Municipal está, apenas, aplicando no local recursos liberados pelo Governo Federal. Não sei se se tratam de “recursos carimbados”, que não podem ser aplicados segundo a discricionariedade do prefeito. Só um fato me deixa intrigado: se o Ministério do Turismo libera mais de 300 mil reais para essa tal “Praça de Eventos”, por que não faria o mesmo para revitalizar o Mercado Público?



Assumo minha total e completa ignorância acerca de como funciona a liberação de recursos federais. Mas não acho impossível conseguir, por meio de um projeto bem elaborado, a liberação de recursos que evitem a ruína de prédio tão caro a nossa História. O velho Mercado, o ponto zero de Jardim de Piranhas, construído pela maior liderança política do município, cenário de grandes acontecimentos e adorado por quase todos os jardinenses, principalmente os mais amadurecidos, faz jus a um tratamento compatível com sua inegável importância.

Ressalto, uma vez mais, o que já deixei registrado numa postagem anterior. Ficaria imensamente feliz se visse o Mercado totalmente restaurado: limpo; bem iluminado; com dois banheiros públicos, amplos e utilizáveis; “locais” substituídos por bares, restaurantes, sorveterias, lanchonetes, todos padronizados; palco destinado à apresentação de grupos locais e a shows de boa música; etc. Tudo isso com organização, segurança e conforto, ao abrigo do Sol e da chuva.

Pena que uma minoria sonha igual a mim.

3 comentários:

Anônimo disse...

Vou lhe adiantar os próximos:
O mercado público, esse não vai demora muito tempo.
O açougue público, esse, já está condenado.

Anônimo disse...

Nossa cidade precisa de pessoas como vc para administrar nossos interesses públicos, que tem visão do futuro. Jardim não oferece lazer algum e sim inúmeros bares, pra quem não bebe faltam opções. Queria muito que vc se tornasse um politíco em nossa cidade. Eu seria muito grata se isso acontecesse.
Pense nisso!

Anônimo disse...

Não entendo Alcimar, porque o prefeito ao invés de reformar o Mercado Público optou por construir uma praça interditando uma avenida e que mais parece uma favela.

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